quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Passei por 'Aqui e Agora' do juiz Helder Fráguas e...não gostei daquilo que encontrei!

'COM DUAS CANTIGAS'



«Há casos em que o juiz fica convencido de que o arguido está genuinamente arrependido, preparado para pagar pelo que fez e disposto a minimizar as consequências do seu erro.

Isso tanto pode ocorrer em crimes de tráfico de droga, assaltos à mão armada ou burlas. Mas também em situações de menor importância.

Certa vez, eu tinha como arguida uma conhecida cantora. Ela iniciou-se muito cedinho na vida artística. Ainda adolescente, apresentou o programa infantil “Buereré”. Actualmente, é um ícone feminino e tem uma legião de fãs, que lhe aprecia os seus dotes vocais e as qualidades enquanto modelo.

A queixosa era uma senhora que seguia ao volante de um carro, na faixa “bus”, destinada aos transportes públicos. Ao pretender passar a circular na via mais à esquerda, deparou-se com a viatura onde se encontrava a cantora.

Não houve colisão, mas gerou-se um certo conflito. Ambas as senhoras saíram das respectivas viaturas e iniciou-se uma altercação.

No julgamento, a arguida demonstrou uma grande humildade, sem tiques de vedeta.

Determinei que ela iria pagar uma indemnização à queixosa. Além disso, concedi-lhe um prazo de 30 dias para entregar a quantia de três mil euros à Cruz Vermelha. Estabeleci que, no prazo de dois anos, ela não poderia cometer mais nenhuma infracção, sob pena de poder ser presa. Modestamente, ela garantiu-me: eu poderia estar certo de que nada aconteceria. E assim foi. Nunca mais se envolveu em qualquer quezília.

Muito antes de decorrer o prazo estabelecido, efectuou o donativo à Cruz Vermelha.»




Notas do Zorate:
Quem conhece o meio artístico percebe que a condenada foi Ana Malhoa.
Aliás, Helder Fráguas di-lo expressamente no seu Facebook.
Não conheço pessoalmente a condenada, nem sou admirador do seu estilo musical. 
Na minha modesta opinião, Helder Fráguas ao divulgar este caso na internet, esteve mal e confundiu Justiça com Humilhação.
Não é bonito ver um Magistrado gabar-se nas redes sociais de ter condenado Fulano e Sicrano.
Já li e apreciei relatos seus, de acontecimentos passados em Tribunal, mas onde teve o cuidado de omitir os nomes dos intervenientes.
Estou convencido que Helder Fráguas tem qualidades humanas para se afirmar na vida, sem estas caganças.


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