segunda-feira, 13 de junho de 2011

'O Vagabundo do Mar' de Manuel da Fonseca, hoje, porque sim...



Sou barco de vela e remo
sou vagabundo do mar.
Não tenho escala marcada
nem hora para chegar:
é tudo conforme o vento,
tudo conforme a maré...

Muitas vezes acontece
largar o rumo tomado
da praia para onde ia...

Foi o vento que virou?
foi o mar que enraiveceu
e não há porto de abrigo?
ou foi a minha vontade
de vagabundo do mar?

Sei lá.

Fosse o que fosse
não tenho rota marcada
ando ao sabor da maré.

É, por isso, meus amigos,
que a tempestade da Vida
me apanhou no alto mar.

E agora,
queira ou não queira,
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
aos vagabundos do mar.

Manuel da Fonseca


Notas do Zorate:
Se os ventos não complicarem muito, vou passar o dia de hoje (13-6-2011) com 5 amigos no oceano Atlântico, a algumas milhas da Ericeira, onde o mar é mais azul, nesta bonita embarcação:

 
- O Lobo -

Imagem de 'O Lobo' in Facebook

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