quinta-feira, 24 de setembro de 2020

GRIPE ESPANHOLA - EM MEMÓRIA DOS MEUS AVÓS MANUEL JOÃO E ELVIRA DOS ANJOS



A gripe espanhola, também conhecida como gripe de 1918, foi uma vasta e mortal pandemia do vírus influenza.

De janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infetou cerca de 500 milhões de pessoas, um quarto da população mundial na época.

Estima-se que o número de mortos esteja entre os 50 milhões e os 100 milhões, tornando-a uma das pandemias mais mortais da história da humanidade.

A gripe espanhola foi a primeira de duas pandemias causadas pelo influenza vírus H1N1, sendo a segunda ocorrida em 2009.

 Durante a Primeira Guerra Mundial, os países aliados frequentemente chamaram a pandemia de "gripe espanhola."

Isso ocorreu principalmente pois a pandemia recebeu maior atenção da imprensa em Espanha do que no resto do mundo, uma vez que o país não estava envolvido na guerra e não havia censura.

Em Espanha, recebeu o nome de "gripe francesa."

Em Portugal é mais conhecida como "gripe pneumónica" ou simplesmente "a pneumónica".

Em Espanha teve um dos piores surtos iniciais da doença, e autoridades de saúde do país chamaram a pandemia de "apenas gripe" ou "a gripe", de modo a evitar o pânico entre a população.

Embora os cientistas não saibam ao certo a origem da pandemia, é improvável que tenha iniciado na Espanha.

A maioria dos surtos de gripe mata desproporcionalmente os mais jovens e os mais velhos, com uma taxa de sobrevivência mais alta entre os dois, mas a pandemia de gripe espanhola resultou numa taxa de mortalidade acima do esperado para adultos jovens. 

Os cientistas deram várias explicações possíveis para esta alta taxa de mortalidade de 2 a 3%.

Algumas análises mostraram que o vírus foi particularmente mortal por desencadear uma tempestade de citocinas que destrói o sistema imunológico mais forte de adultos jovens.

Por outro lado, uma análise de 2007 de revistas médicas do período da pandemia descobriu que a infecção viral não era mais agressiva que as estirpes anteriores de influenza.

Em vez disso, asseveraram que a desnutrição, falta de higiene e os acampamentos médicos e hospitais superlotados promoveram uma superinfeção bacteriana, responsável pela alta mortalidade.

Em Portugal, terão morrido com a "gripe espanhola" cerca de 120 mil pessoas.

Os meus avós paternos Manuel João e Elvira dos Anjos, residentes na aldeia de Asnela, freguesia de Vilares, concelho de Murça, foram dois dos portugueses que não resistiram a esta "gripe pneumónica".

Por isso, curvo-me humildemente perante as suas memórias. 




 

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