domingo, 31 de dezembro de 2023
sábado, 30 de dezembro de 2023
CRISE NA HABITAÇÃO
"A crise na habitação foi um dos temas que marcaram 2023 e arrasta-se há anos.
Dos mais mal pagos e dos que mais tarde se emancipam, os jovens em Portugal dos 25 aos 34 anos estão cada vez mais na cauda da Europa.
A pandemia foi o empurrão final que obrigou Sofia Silva, de 34 anos, a sair do apartamento T2 que arrendava na Baixa de Lisboa para regressar ao quarto de adolescente, na casa da mãe."
in Expresso, 29/12/2023
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
'Se tu viesses ver-me' - Florbela Espanca
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
CONSTRUÇÃO - Chico Buarque
"Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado."
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
Quando Albert Einstein conheceu Charlie Chaplin em 1931
Quando Albert Einstein conheceu Charlie Chaplin em 1931, Einstein disse: “O que mais admiro na sua arte é a sua universalidade. Você não diz uma palavra e, ainda assim, o mundo o entende.”
“É verdade.” Chaplin respondeu: “Mas a sua fama é ainda maior. O mundo admira-o, quando ninguém o entende.”
DESPEDIDA DO OUTONO
Eu já ouvira o apelo do tordo
junto às águas velhas
do rio, ou na luz vidrada
Pensava então que não podia morrer
quem tanto amou o claro timbre
das vogais trazidas pelo mar -
o outono, esse morria nas chamas
altas dos castanheiros,
na sonâmbula ondulação
dos rebanhos,
nos olhos das mulheres
de coração fatigado,
semelhantes a ramos partidos
- elas, que foram irmãs do orvalho.
Eugénio de Andrade
quarta-feira, 27 de dezembro de 2023
ERA UMA VEZ UM LUGAR CHAMADO MAR DE ARAL
Há apenas 30 anos, aqui estava a quarta maior massa de água continental do nosso planeta; um mar antigo tão vasto que até Alexandre o Grande escreveu sobre as suas lutas para atravessá-lo; onde o comércio de pesca floresceu e os turistas alguma vez foram em massa para sua cidade termal junto ao mar.
O Mar de Aral é (ou era) tão grande que se estende sobre dois países euro-asiáticos que agora se estendem aos dois lados dos seus restos empoeirados: Usbequistão e Cazaquistão.
Filosofia de vida de Anthony Hopkins
"A minha filosofia de vida é: o que as pessoas dizem sobre mim não é da minha conta.
Eu sou quem sou e faço o que faço.
Não espero nada e aceito tudo.
Vivemos num mundo onde os funerais são mais importantes que os falecidos, o casamento é mais importante que o amor, a aparência é mais importante que a alma.
Vivemos numa cultura de embalagens que despreza o conteúdo.”
MEMÓRIAS - Relógios Antigos
Por cada um passaram horas, dias, meses e anos.
Tantas histórias...
Umas boas, outras menos boas e outras más.
terça-feira, 26 de dezembro de 2023
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- Alberto João
- "Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.