Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sábado, 30 de dezembro de 2023

CRISE NA HABITAÇÃO



 

"A crise na habitação foi um dos temas que marcaram 2023 e arrasta-se há anos.
Dos mais mal pagos e dos que mais tarde se emancipam, os jovens em Portugal dos 25 aos 34 anos estão cada vez mais na cauda da Europa.
Os baixos salários estão a adiar a vida adulta de uma geração.
A pandemia foi o empurrão final que obrigou Sofia Silva, de 34 anos, a sair do apartamento T2 que arrendava na Baixa de Lisboa para regressar ao quarto de adolescente, na casa da mãe."
in Expresso, 29/12/2023
📷 Ana Baião/Expresso


sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

MEMÓRIAS - Saudades deste tempo!



Capa do jornal 'Correio da Manhã' desta sexta-feira, 29 de dezembro de 2023



 

Capa do jornal 'Expresso' desta sexta-feira, 29 de dezembro de 2023



 O meu jornal preferido!

'Se tu viesses ver-me' - Florbela Espanca



 

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca

Capa do jornal 'SOL' desta sexta-feira, 29 de dezembro de 2023



 

CONSTRUÇÃO - Chico Buarque



 

"Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado

Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego

Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo

E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado."

Francisco Buarque de Hollanda

Cascata da Cabreia - Silva Escura - Sever do Vouga



 (Foto de António Torres Silva)

Tons de Outono na Vala Real em Salvaterra de Magos



 (Foto de Bruno Maia)

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Capa da revista 'Visão' desta quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023



 

Capa do jornal 'Record' desta quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023



 

Capa da revista 'Sábado' desta quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023



 

Capa do jornal 'O Jogo' desta quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023



 

Capa do 'Jornal de Notícias' desta quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023



 

Capa do jornal 'A Bola' desta quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023



 

MEMÓRIAS - Sou deste tempo!



 Quarto pobre... mas limpo e arrumadinho.

Quando Albert Einstein conheceu Charlie Chaplin em 1931



 Quando Albert Einstein conheceu Charlie Chaplin em 1931, Einstein disse: “O que mais admiro na sua arte é a sua universalidade. Você não diz uma palavra e, ainda assim, o mundo o entende.”

“É verdade.” Chaplin respondeu: “Mas a sua fama é ainda maior. O mundo admira-o, quando ninguém o entende.”


Capa do 'Correio da Manhã' desta quinta-feira, dia 28 de Dezembro de 2023




Capa do 'PÚBLICO' desta quinta-feira, dia 28 de Dezembro de 2023




DESPEDIDA DO OUTONO



 

Eu já ouvira o apelo do tordo
junto às águas velhas
do rio, ou na luz vidrada
das lentas oliveiras do sul.
Pensava então que não podia morrer
quem tanto amou o claro timbre
das vogais trazidas pelo mar -
o outono, esse morria nas chamas
altas dos castanheiros,
na sonâmbula ondulação
dos rebanhos,
nos olhos das mulheres
de coração fatigado,
semelhantes a ramos partidos
- elas, que foram irmãs do orvalho.

Eugénio de Andrade
(Foto de autor desconhecido)


quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

MEMÓRIAS - Quando eu nasci era assim!




ERA UMA VEZ UM LUGAR CHAMADO MAR DE ARAL



 

Há apenas 30 anos, aqui estava a quarta maior massa de água continental do nosso planeta; um mar antigo tão vasto que até Alexandre o Grande escreveu sobre as suas lutas para atravessá-lo; onde o comércio de pesca floresceu e os turistas alguma vez foram em massa para sua cidade termal junto ao mar.
Agora, pela primeira vez em 600 anos, o mar de Aral está (quase) completamente seco, e a frota de navios gigantes e enferrujados que deixou no seu caminho tornou-se uma das únicas provas do passado.
O Mar de Aral é (ou era) tão grande que se estende sobre dois países euro-asiáticos que agora se estendem aos dois lados dos seus restos empoeirados: Usbequistão e Cazaquistão.


Rio Tejo em Salvaterra de Magos



 (Foto de Bruno Maia)


Filosofia de vida de Anthony Hopkins



 "A minha filosofia de vida é: o que as pessoas dizem sobre mim não é da minha conta.

Eu sou quem sou e faço o que faço.
Não espero nada e aceito tudo.
E isso torna a vida mais fácil.
Vivemos num mundo onde os funerais são mais importantes que os falecidos, o casamento é mais importante que o amor, a aparência é mais importante que a alma.
Vivemos numa cultura de embalagens que despreza o conteúdo.”
(Anthony Hopkins)


MEMÓRIAS DA TELEVISÃO



 Bom dia, Heidi!!!

Capa do 'Correio da Manhã' de hoje, 27/12/2023



MEMÓRIAS - A minha geração foi feliz com tão pouco



Pensamento da Mafalda




Cascata da Contradinha, Santiago dos Velhos, Arruda dos Vinhos




 (Foto de Isabel Domingues)



MEMÓRIAS - Relógios Antigos



 

Por cada um passaram horas, dias, meses e anos.
Tantas histórias...
Umas boas, outras menos boas e outras más.
Ai se eles falassem... 🙂


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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.