"Cairo, 03 Jul (Lusa) - A dança do ventre não movimenta só músculos femininos: move paixões e muito dinheiro, como prova um festival organizado no Egipto, país onde as mulheres têm secretamente aulas em casa porque as academias estão proibidas.
Provenientes da Nova Zelândia, Coreia, Venezuela, Brasil ou Rússia, milhares de mulheres aficionadas, principantes ou profissionais, desembolsaram, cada uma, cinco mil dólares (3,1 mil euros) para assistir, no Cairo, ao "Ahlan wa Sahlan", festival de dança do ventre, onde estão representados 47 países.
Cursos de dança, apresentação de coreografias, concursos, venda de vídeos e exposição de trajes de lantejoulas e brilhantes são algumas das actividades incluídas na programação do evento, que termina hoje com a eleição dos três melhores grupos e das três bailarinas mais talentosas.
O país anfitrião tem uma relação amor-ódio com a dança do ventre: os homens gostam de ver uma bailarina nas suas festas mas não suportam ver as suas filhas num negócio deste tipo.
No Egipto, estão proibidas as academias de dança do ventre, pelo que as aulas são dadas em centros de aeróbica ou, secretamente, em casa.
Com excepção de algumas bailarinas que atingem o estrelato, a maior parte das egípcias que pratica a dança em público fá-lo em cabarés."
Agência Lusa, 03-7-2008
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