Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário ocorrido a 1 de dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado por ‘Os Quarenta Conjurados’ e que se alastrou por todo o reino, pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da dinastia filipina castelhana.
A Restauração da Independência ou Restauração de Portugal foi um processo histórico que procurou a autonomia portuguesa após sessenta anos de União Ibérica (1580-1640).
A União entre as coroas não teve aprovação homogénea de ambos os lados desde o seu início.
Em Portugal, houve uma grande rejeição popular, ao mesmo tempo que havia o interesse de alguns grupos da nobreza, do clero, da burguesia e dos comerciantes por uma economia mais estável e um exército mais forte. Em Espanha, existia a preocupação com um poder tirano, com seus negócios e domínios.
Os primeiros descontentamentos de Portugal com esta União, tiveram início com a ascensão de Filipe II ao trono, tendo como argumento a sua ilegitimidade consanguínea e o não cumprimento de algumas cláusulas do acordo feito perante as Cortes de Tomar em 1581. A Restauração teve apoio de nobres e aristocratas, que se vinham organizando desde 1638 contra as políticas de descentralização e neutralização, administradas pelo duque de Olivares.
O novo rei não foi aclamado como o esperado e ainda teve que encarar a desconfiança do povo, que aguardava o retorno do rei encoberto que os libertaria do jugo espanhol. Foi o messianismo Bragantino que acabou por ser utilizado para legitimar a ascensão de D. João IV, baseado na lealdade dos nobres e na dinastia que descendia de D. Manuel. Acompanhado do surgimento do nacionalismo na figura do Quinto Império, procurava relacionar as glórias do passado e vitórias do futuro.
No meio dessas divergências internas, D. João IV procurou traçar uma política externa de alianças com os países inimigos de Espanha. Neste período, o afrontamento entre espanhóis e portugueses para a manutenção do poder estendia-se pelos domínios que ambos possuíam no ultramar, assim como outras disputas conhecidas como: Guerra Luso-Holandesa encerrada em 1663, e a Guerra dos Trinta Anos encerrada em 1648.
A monarquia dual da dinastia filipina terminou com o Tratado de Lisboa em 1668.
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