Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

1 DE DEZEMBRO DE 1640 - RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL



 

Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário ocorrido a 1 de dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado por ‘Os Quarenta Conjurados’ e que se alastrou por todo o reino, pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da dinastia filipina castelhana.
O golpe culminou com a instauração da 4ª Dinastia Portuguesa — a Casa de Bragança — com a aclamação de D. João IV, seguindo-se um período de 28 anos de guerra com a Coroa de Castela.
A Restauração da Independência ou Restauração de Portugal foi um processo histórico que procurou a autonomia portuguesa após sessenta anos de União Ibérica (1580-1640).
A União entre as coroas não teve aprovação homogénea de ambos os lados desde o seu início.
Em Portugal, houve uma grande rejeição popular, ao mesmo tempo que havia o interesse de alguns grupos da nobreza, do clero, da burguesia e dos comerciantes por uma economia mais estável e um exército mais forte. Em Espanha, existia a preocupação com um poder tirano, com seus negócios e domínios.
Os primeiros descontentamentos de Portugal com esta União, tiveram início com a ascensão de Filipe II ao trono, tendo como argumento a sua ilegitimidade consanguínea e o não cumprimento de algumas cláusulas do acordo feito perante as Cortes de Tomar em 1581. A Restauração teve apoio de nobres e aristocratas, que se vinham organizando desde 1638 contra as políticas de descentralização e neutralização, administradas pelo duque de Olivares.
O novo rei não foi aclamado como o esperado e ainda teve que encarar a desconfiança do povo, que aguardava o retorno do rei encoberto que os libertaria do jugo espanhol. Foi o messianismo Bragantino que acabou por ser utilizado para legitimar a ascensão de D. João IV, baseado na lealdade dos nobres e na dinastia que descendia de D. Manuel. Acompanhado do surgimento do nacionalismo na figura do Quinto Império, procurava relacionar as glórias do passado e vitórias do futuro.
No meio dessas divergências internas, D. João IV procurou traçar uma política externa de alianças com os países inimigos de Espanha. Neste período, o afrontamento entre espanhóis e portugueses para a manutenção do poder estendia-se pelos domínios que ambos possuíam no ultramar, assim como outras disputas conhecidas como: Guerra Luso-Holandesa encerrada em 1663, e a Guerra dos Trinta Anos encerrada em 1648.
A monarquia dual da dinastia filipina terminou com o Tratado de Lisboa em 1668.

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.