Hoje, quando passeava o Raio (patudo da raça ‘Serra da Estrela’ que me faz companhia há 9 anos), dei comigo a observar uma, depois duas e logo de seguida três… lindas borboletas!
Numa entusiasmada pesquisa fiquei a saber:
Sendo uma das espécies nacionais mais frequentes, a Vanessa Atalanta mais conhecida por Almirante-Vermelho ou Vulcão, pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae).
As suas asas têm uma envergadura que varia entre os 5,5 cm a 6,5 cm. A sua coloração distingue-se pela faixa vermelho-viva (eu diria laranja-viva) que sobressai no fundo castanho-escuro aveludado, e pelas manchas brancas na extremidade das asas anteriores. A face inferior apresenta uma coloração jaspeada, utilizada como função de camuflagem. Assim, quando pousa em campo aberto ou em rochas, mantem as asas fechadas confundindo-se assim com o meio que a rodeia.
A borboleta costuma hibernar na zona Sul.
Habitat: Encontra-se muito dispersa: em prados, jardins, florestas pouco densas, desde a orla marítima até aos 2000 m de altitude. No Outono, aparece nos pomares á volta da fruta apodrecida, onde suga o sumo da fruta com a espiritrompa. Distribui-se por toda a Europa, Ásia e Norte de África.
Período de voo: De março a outubro em várias gerações. Ao chegar a Primavera esta espécie de voo poderoso, emigra desde o Mediterrâneo em direção ao Centro e Norte da Europa, onde têm duas gerações. Uma parte regressa ao Sul no Outono, mas a maioria morre de frio a norte dos Alpes. As borboletas migratórias voam velozmente em direção ao seu objetivo, sempre a muita pouca distância do solo. Quando tropeçam num obstáculo, este não é rodeado, mas sobrevoado. Quando emigram não formam grupos, voam sempre solitárias.
Alimentação: A lagarta alimenta-se de urtigas e ocasionalmente de cardos. Esta apresenta uma cor que varia entre o preto, verde e o castanho-amarelado, e o seu corpo é revestido de espinhos ramificados. A lagarta desta espécie tem um comportamento curioso: para se proteger dos predadores, une os bordos da folha com fios de seda e faz uma "tenda" no interior da qual se esconde enquanto vai devorando a folha. Quando a folha está meia devorada muda para outra e reinicia o processo. A crisálida fica suspensa de cabeça para baixo em pedras ou na vegetação.
Observação importante: Durante as migrações, é o único ropalócero capaz de voar com o céu coberto de nuvens e até mesmo a chover. Chegando mesmo a voar com ventos contrários.
Post dedicado à minha neta Margarida (desde sempre uma apaixonada por Borboletas), estudante universitária em 'Ciências Médicas'.
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