Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sábado, 2 de dezembro de 2023

VANESSA ATALANTA, mais conhecida por ALMIRANTE-VERMELHO ou VULCÃO



Hoje, quando passeava o Raio (patudo da raça ‘Serra da Estrela’ que me faz companhia há 9 anos), dei comigo a observar uma, depois duas e logo de seguida três… lindas borboletas! 🙂
Quando entrei em casa, quis saber mais sobre aquelas bonitas criaturas e de imediato liguei o portátil.
Numa entusiasmada pesquisa fiquei a saber:
Sendo uma das espécies nacionais mais frequentes, a Vanessa Atalanta mais conhecida por Almirante-Vermelho ou Vulcão, pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae).


As suas asas têm uma envergadura que varia entre os 5,5 cm a 6,5 cm. A sua coloração distingue-se pela faixa vermelho-viva (eu diria laranja-viva) que sobressai no fundo castanho-escuro aveludado, e pelas manchas brancas na extremidade das asas anteriores. A face inferior apresenta uma coloração jaspeada, utilizada como função de camuflagem. Assim, quando pousa em campo aberto ou em rochas, mantem as asas fechadas confundindo-se assim com o meio que a rodeia.
A borboleta costuma hibernar na zona Sul.
Habitat: Encontra-se muito dispersa: em prados, jardins, florestas pouco densas, desde a orla marítima até aos 2000 m de altitude. No Outono, aparece nos pomares á volta da fruta apodrecida, onde suga o sumo da fruta com a espiritrompa. Distribui-se por toda a Europa, Ásia e Norte de África.
Período de voo: De março a outubro em várias gerações. Ao chegar a Primavera esta espécie de voo poderoso, emigra desde o Mediterrâneo em direção ao Centro e Norte da Europa, onde têm duas gerações. Uma parte regressa ao Sul no Outono, mas a maioria morre de frio a norte dos Alpes. As borboletas migratórias voam velozmente em direção ao seu objetivo, sempre a muita pouca distância do solo. Quando tropeçam num obstáculo, este não é rodeado, mas sobrevoado. Quando emigram não formam grupos, voam sempre solitárias.



 

Alimentação: A lagarta alimenta-se de urtigas e ocasionalmente de cardos. Esta apresenta uma cor que varia entre o preto, verde e o castanho-amarelado, e o seu corpo é revestido de espinhos ramificados. A lagarta desta espécie tem um comportamento curioso: para se proteger dos predadores, une os bordos da folha com fios de seda e faz uma "tenda" no interior da qual se esconde enquanto vai devorando a folha. Quando a folha está meia devorada muda para outra e reinicia o processo. A crisálida fica suspensa de cabeça para baixo em pedras ou na vegetação.
Observação importante: Durante as migrações, é o único ropalócero capaz de voar com o céu coberto de nuvens e até mesmo a chover. Chegando mesmo a voar com ventos contrários.

Post dedicado à minha neta Margarida (desde sempre uma apaixonada por Borboletas), estudante universitária em 'Ciências Médicas'.

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.