No principio desta tarde, estava eu a lavar a loiça do almoço, quando uma notícia me 'obrigou' a olhar para a televisão instalada na cozinha.
O advogado Ricardo Sá Fernandes falava sobre a decisão do juiz de instrução levar a julgamento o arguido Afonso Dias, suspeito do rapto do jovem Rui Pedro.
Nisto meti conversa com o Tacho, os Pratos, o Garfo, a Colher, a Faca e o Copo, e juntos tivemos uma discussão acesa acerca deste ilustre advogado.
A Faca, sempre com a língua afiada, perguntou-me alto e bom som: este advogado que defende a família de Rui Pedro não é o mesmo que defendeu um condenado por pedofilia?
Respondi-lhe: sim, é ele mesmo.
O Copo, metendo água na fervura, argumentou: mas...a condenação ainda não transitou em julgado. Por isso, até lá, constitucionalmente é considerado inocente.
A Colher, sempre disposta a meter a dita nas conversas, reforçou: já ouvi dizer que há fortes suspeitas de Rui Pedro ter sido raptado por Afonso Dias, e por este entregue a uma rede de pedofilia.
O Garfo, sempre pronto a picar, envenenou: os advogados querem lá saber de quem é culpado ou inocente! Querem é tacho!
O Tacho, que anda um pouco mouco, e que naquele momento estava a receber uma massagem ruidosa do esfregão de arame, perguntou: quem me chamou?
Os Pratos, já a brilhar, frágeis e talvez por isso mais compreensivos e conciliadores, não deixaram de opinar: Alberto, os advogados, tal como tu, têm o direito de comer em dois pratos, pá!
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