«Um governo que tem um Miguel Relvas é corrupto (e não quero saber do detalhe anedótico da licenciatura, o caso contado por Helena Roseta é muito mais grave e
as mentiras na AR chegavam).
Um governo que não tocou numa PPP mas foi aos bolsos dos funcionários e pensionistas, é corrupto.
Um governo que privatiza o que dava lucro ao estado, e quando privatiza arranja logo
uma investigação, é corrupto.
Um governo que capitaliza bancos sem contrapartidas, é corrupto.
Um governo que promove os despedimentos, criando um mercado selvagem de emprego, é corrupto.
Um governo que aumenta os “nichos” de negócios na saúde e na educação, é corrupto.
Um governo que despede professores mas enche o bandulho às escolas privadas, é corrupto.
Um governo que contrata tarefeiros através de empresas de exploração de recursos humanos, é corrupto.
Um governo que não toca nas leis que tornam impossível em Portugal combater a corrupção, é corrupto.
Podem dizer-me que isto não é corrupção, é ideologia – seja -, é a ideologia da corrupção. Podem tentar o argumento de que foi legitimamente eleito – pois foi -, mas perdeu toda a legitimidade quando prometeu não fazer tudo o que fez num instante. Podem tentar calar um Bispo, caindo-lhe em cima com Torres e Cavalos: não calam os Peões. E ainda agora a procissão vai no adro. Esperem pelas vindimas.»
por
João José Cardoso in blogue
aventar