Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Pela primeira vez, senti Cavaco Silva presidente de TODOS os portugueses

 
«Saio do meu exílio do direito de expressão de opinião política para escrever 3 coisas breves:

1) O Presidente deixou claros os argumentos porque não promove - de imediato - a dissolução da Assembleia da República (ter um OE 2014 pronto antes do final do ano de 2013; assegurar, com um ano de antecedência, os 14 000 milhões de pagamentos de dívida assumida e pagáveis em 2014; concluir o Plano de Ajustamento Estrutural com a Troika, em Julho de 2014).

2) São todos argumentos racionais, até plausíveis e que se sobrepõem à lógica partidária, pois apontam para a imperiosa necessidade de se tentar um derradeiro consenso dos subscritores do memorando de entendimento com a Troika (que coincidem com o arco da governação, PS/PSD/CDS) antes de se devolver a palavra aos eleitores.

3) Todas as possibilidades ficam em aberto, caso estes partidos do arco da governação não se entendam "rapidamente" numa solução tripartida.

Não tenho dúvidas que foi a decisão mais importante quer tomou desde que é Presidente da República e que (de modo positivo ou negativo) a história se encarregará de o julgar por isso, independentemente de todas as opiniões e de todo o ruído que se gerou, e vai gerar ainda, em torno da questão.

Não sou Cavaquista e confesso que me surpreendeu favoravelmente pois, de Belém, não estávamos a habituados a que fossem tomadas decisões visíveis e que têm a ver, de forma profunda, com o regular funcionamento das instituições democráticas (art.º 120.º da Constituição).

Ou será que alguém tem dúvidas que é disso mesmo que se trata: do regular funcionamento de instituições que não têm sido, nem regulares (leia-se normais), nem funcionais?»
 
 
Texto do meu amigo Joao Gonçalo Bianchi Villar
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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.