Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Palavras ou Frases ditas no Ribatejo: "Falar à Manuel Saldanha"



"Falar à Manuel Saldanha" = Falar ao contrário


Manuel Saldanha foi um comerciante estabelecido em Benfica do Ribatejo.
Quando algum seu cliente da lista de fiados se "esquecia" de ir ao seu estabelecimento pagar a dívida, metia-se ao caminho e procurava os devedores noutros estabelecimentos.
Quando encontrava um caloteiro, dizia-lhe alto e bom som: "Ó fulano, olha que eu ainda não me esqueci que te devo 500 escudos. Quando a coisa melhorar, fica descansado que eu vou à tua casa pagar o que te devo"
Quem ouvia este tipo de conversa, ficava a saber que Manuel Saldanha era o credor e o outro o devedor.
Dizem os antigos que os caloteiros logo se apressavam a liquidar os calotes.


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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.