A Restauração da Independência ou Restauração de Portugal, foi um processo histórico que buscou a autonomia portuguesa após sessenta anos de União Ibérica (1580-1640).
A União entre as coroas não teve aprovação homogénea de ambos os lados desde seu início. Em Portugal, houve uma grande rejeição popular, ao mesmo tempo em que havia o interesse de alguns grupos da nobreza, do clero, da burguesia e dos comerciantes por uma economia mais estável e um exército mais forte. Na Espanha, existia a preocupação com um poder tirano, com seus negócios e domínios.
Os primeiros descontentamentos de Portugal com esta União, tiveram início com a ascensão de Filipe II ao trono, tendo como argumento sua ilegitimidade consanguínea e o não cumprimento de algumas cláusulas do acordo feito perante as Cortes de Tomar em 1581. A Restauração teve apoio de nobres e aristocratas, que vinham se organizando desde 1638 contra as políticas de descentralização e neutralização, administradas pelo duque de Olivares.
O novo rei não foi aclamado como o esperado e ainda teve que encarar a desconfiança do povo, que aguardava o retorno do encoberto que libertaria-os do julgo espanhol. Foi o messianismo Bragantino que acabou sendo utilizado para legitimar a ascensão de D. João IV, baseado na lealdade dos nobres e na dinastia que descendia de D. Manuel. Acompanhado do surgimento do nacionalismo na figura do Quinto Império, buscava relacionar as glórias do passado e vitórias do futuro.
Em meio a essas divergências internas, D. João IV buscou traçar uma política externa de alianças com os países inimigos da Espanha. Neste período, o enfrentamento entre espanhóis e portugueses para a manutenção do poder se estendia pelos domínios que ambos possuíam no ultramar, assim como outras disputas conhecidas como: Guerra Luso-Holandesa encerrada em 1663, e a Guerra dos Trinta Anos encerrada em 1648. A monarquia dual da dinastia filipina terminou com o Tratado de Lisboa em 1668.
Fonte: Wikipédia