Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Soberbas e comoventes palavras de Amor






«Amei-te muito antes de te amar. Éramos o que 
os amantes eram e nem precisávamos de 
corpo para isso, porque o que dizíamos nos 
satisfazia, e sempre que a vida acontecia era um 
ao outro que tínhamos de falar. Se há coisa que 
temo no mundo é o teu fim. Passo horas a sentir-me 
indestrutível, a ter a certeza de que nada me 
toca, de que nada me poderá doer o suficiente para 
me fazer recuar, e depois vens tu. Tu e a tua imagem 
a perder de vista, os teus olhos quando me olhas, a 
tua boca quando me falas, e é então que percebo 
que sou finito, pobre humano, e desato a chorar à 
procura do telefone e de uma palavra tua que 
me convença de que ainda existes. É na possibilidade 
do teu fim que encontro a humildade.»


Pedro Chagas Freitas in "Prometo Falhar"

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.