Bo Derek em Salvaterra
Estava eu a jiboiar
ou a cochilar
ou a madornar
calhando, a ressonar
ali na Praia Doce
praia de Salvaterra
ou dos Tesos, talvez fosse
noutros tempos, noutra era.
Do rio Tejo oiço um cavalgar
e no meio de um raio solar
a deslumbrante Bo Derek apareceu
montada no Puro Lusitano
cavalo que João Moura lhe ofereceu
por amizade, creio eu
ou por galanteio do magano.
Vinha esbelta, linda e nua
esta ilustre norte-americana
o meu braço direito logo estiquei
a mão minha foi ao encontro da sua
minha mente ficou insana
do Bolero de Ravel me lembrei
e depois... acordei.
(Catujaleno, Ribatejo, 30 de Junho de 2016, in blogue ‘poeta e louco um pouco’)
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