Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

OS CÉSARES



 

Os Césares foram uma dinastia de imperadores romanos que governaram o império entre os séculos I a.C. e I d.C.
O primeiro e mais famoso deles foi Júlio César, que transformou a república romana em um império autocrático, após vencer a guerra civil contra Pompeu.
Júlio César foi assassinado em 44 a.C. por um grupo de senadores que temiam sua tirania.
Seu sobrinho e herdeiro, Otávio, vingou sua morte e derrotou seus inimigos, tornando-se o primeiro imperador romano com o nome de Augusto.
Augusto iniciou um período de paz e prosperidade conhecido como Pax Romana, que durou cerca de dois séculos.
Os sucessores de Augusto foram membros de sua família ou de sua esposa Lívia, que formaram a dinastia júlio-claudiana.
Entre eles, destacam-se Tibério, Calígula, Cláudio e Nero, que tiveram governos marcados por escândalos, crueldades e perseguições.
A dinastia terminou com a morte de Nero em 68 d.C., após uma revolta militar.
Seguiu-se um ano de caos e guerra civil, até que Vespasiano se tornou imperador e fundou a dinastia flaviana.
Seus filhos Tito e Domiciano completaram a construção do Coliseu, o maior anfiteatro romano.
A dinastia flaviana foi sucedida pela dinastia dos Antoninos, que governaram entre 96 e 192 d.C.
Essa foi uma época de estabilidade e expansão do império, que atingiu sua maior extensão territorial sob Trajano.
Entre os Antoninos, destacam-se também Adriano, que construiu uma muralha na Britânia para proteger as fronteiras; Marco Aurélio, que enfrentou as invasões bárbaras e foi considerado um dos maiores filósofos estóicos; e Cômodo, que foi um imperador extravagante e sanguinário, retratado no filme Gladiador.
A morte de Cômodo em 192 d.C. marcou o início de uma nova crise no império, que durou até 284 d.C.
Nesse período, houve uma sucessão de imperadores efêmeros, usurpadores e rivais, que disputavam o poder em meio a guerras civis, revoltas populares, epidemias e invasões bárbaras.
O império se fragmentou em três partes: o Império das Gálias, o Império de Palmira e o Império Romano propriamente dito.
A situação só se normalizou com a ascensão de Diocleciano, que realizou uma série de reformas administrativas, militares, econômicas e religiosas para restaurar a ordem e a autoridade imperial.
Uma das principais medidas de Diocleciano foi dividir o império em duas partes: o Império Romano do Ocidente, com sede em Milão; e o Império Romano do Oriente, com sede em Nicomédia.
Cada parte seria governada por um imperador (augusto) e um vice-imperador (césar), formando a chamada tetrarquia.
Essa divisão visava facilitar a defesa e a administração do vasto território imperial.
No entanto, ela também acirrou as diferenças culturais, políticas e religiosas entre as duas metades do império.
O sucessor de Diocleciano foi Constantino, que se tornou o único imperador após vencer seus rivais na guerra civil.
Constantino é famoso por ter concedido liberdade religiosa aos cristãos, que eram perseguidos pelos imperadores anteriores; e por ter transferido a capital do império para Bizâncio, uma cidade estratégica no estreito de Bósforo, entre a Europa e a Ásia.
Constantino rebatizou a cidade como Nova Roma, mas ela ficou conhecida como Constantinopla.
A mudança da capital simbolizou a preferência de Constantino pelo Império do Oriente, que era mais rico e mais seguro do que o Império do Ocidente.
Após a morte de Constantino, o império foi novamente dividido entre seus filhos, que se envolveram em disputas pelo poder.
O último imperador a governar as duas partes do império foi Teodósio, que morreu em 395 d.C.
Teodósio também foi o responsável por tornar o cristianismo a religião oficial do império, proibindo as demais culturas pagãs.
A partir de então, o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente seguiram caminhos distintos, com governos, leis, línguas e religiões diferentes.
O Império Romano do Ocidente entrou em um processo de decadência e desintegração, que culminou com sua queda em 476 d.C.
As principais causas desse declínio foram: as disputas internas pelo poder, que enfraqueceram a autoridade imperial; as invasões bárbaras, que devastaram as províncias e saquearam as cidades; a crise econômica, que provocou inflação, fome e pobreza; e o crescimento do cristianismo, que minou os valores e a identidade romana3.
O último imperador romano do Ocidente foi Rômulo Augusto, que foi deposto por um chefe militar germânico chamado Odoacro, que se tornou o rei da Itália.
O Império Romano do Oriente, por sua vez, conseguiu resistir às invasões bárbaras e manter sua unidade e prosperidade.
Ele passou a ser conhecido como Império Bizantino, em referência à antiga cidade de Bizâncio.
O Império Bizantino preservou a cultura e o legado romano por mais mil anos, até ser conquistado pelos turcos otomanos em 14532.
O Império Bizantino foi um dos principais centros da civilização medieval, destacando-se pela arte, pela arquitetura, pela literatura e pelo direito.
Sua capital, Constantinopla, foi uma das maiores e mais belas cidades do mundo antigo.

(Fonte: Estudos Históricos)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.