Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 17 de dezembro de 2023

OS NOVE CAVALEIROS TEMPLÁRIOS



 

A história dos Templários começa com nove cavaleiros, filhos segundos de senhores feudais, que juntaram forças para proteger os peregrinos europeus das agressões dos sarracenos durante as visitas aos lugares sagrados no reino de Jerusalém.
O espírito das Cruzadas contra os infiéis dominava toda a Europa nos séculos XI e XII, e estes nobres guerreiros chefiados por Hugues de Payns, estavam dispostos a morrer para salvar a Igreja.
Seguindo o exemplo dos monges tradicionais, decidiram abraçar a vida religiosa com votos de pobreza, obediência e castidade, fundando a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo.
Porém, como a caridade não providenciava toda a logística necessária na proteção dos peregrinos, aceitaram de bom grado donativos reais.
Do rei Balduíno II, receberam os cavaleiros a sua nova morada, um espaço real construído sobre as ruínas do Templo de Salomão.
Conhecidos a partir daqui como os cavaleiros do Templo, conseguiram com a ajuda do monge francês Bernardo de Claraval, um incansável apoiante da causa dos monges-guerreiros, a benção do Papa em 1120.
Nove anos depois, a primeira Ordem militar da história, aquela que tinha assumido a missão de defender os reinos cristãos da Terra Santa e da Europa, seria aprovada no Concílio de Troyes.
Por esta altura, as muitas vitórias somadas na luta contra os infiéis, bem como a imensa riqueza que geriam com sucesso e a fama de banqueiros íntegros, criaram à volta dos Templários uma lenda em toda a cristandade ocidental.
Servidores fiéis, cumpridores de uma rigorosa disciplina religiosa e exímios soldados, os Templários gozavam de grande prestígio quando entraram em terras lusas para auxiliar D. Afonso Henriques na formação do reino de Portugal.
Recompensados com generosas doações pelas façanhas militares, como a tomada de Santarém aos mouros, os templários ficaram proprietários de vastos territórios, onde promoveram o povoamento e edificaram várias fortalezas.
No Castelo de Soure, doado por D. Teresa, estabeleceram a primeira sede, mas com os avanços da reconquista transferiram para Tomar, o novo centro estratégico do reino, a sua casa-mãe, até à data da extinção dos Templários, em 1312.


Sem comentários:

Contador, desde 2008:

Localizador, desde 2010:

Acerca de mim

A minha foto
"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.