Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 18 de julho de 2024

A LENDA DA PONTE DE CAMARATE



 

O autor deste texto passou a sua infância e adolescência no Catujal, Unhos, Apelação, Camarate e Sacavém.
Por isso, tem o maior carinho e respeito pelas gentes de todas estas localidades.
Hoje, quando pensava em Camarate, veio-lhe à memória a ‘Lenda da Ponte de Camarate’.
Possivelmente não passará disso mesmo, uma lenda.
Vamos então partilhar essa lenda que, provavelmente, é do conhecimento de pessoas de Camarate e arredores, calhando até há seguidores desta página que conhecem detalhes mais precisos sobre o assunto.
Diz a lenda que após Camarate deixar de pertencer à Freguesia de Sacavém, o que aconteceu no dia 1 de maio de 1511, surgiu um grupo de Camaratenses a reivindicar a construção de uma ponte em Camarate, pois se Sacavém tinha, Camarate também tinha que ter.
Essa reivindicação chegou aos gabinetes das instâncias competentes que, após analisarem o pedido, mandaram chamar os reivindicadores e a estes foi perguntado: “Como é que vocês querem uma Ponte, se não têm um rio?”
A resposta dos Camaratenses não se fez esperar: “Construam lá a Ponte, que depois nós arranjamos um rio”.
A verdade é que em Camarate existe há décadas uma pequena ponte sobre uma ribeira (designada oficialmente por Ribeira do Mocho), localizada no sítio que todos conhecemos por Campo do Rio.
Não sabemos se a ponte no Campo do Rio está relacionada com a Lenda da Ponte de Camarate, mas há uma verdade de La Palice: centenas de anos depois de sair da alçada de Sacavém, Camarate ganhou, não uma, mas várias Pontes e Viadutos, graças ao IC17/CRIL, conforme podemos ver na imagem.
Nota: Ponte é uma construção que permite interligar ao mesmo nível pontos não acessíveis separados por rios, vales, ou outros obstáculos naturais ou artificiais.


1 comentário:

Zedasdoradas disse...

E eu a pensar que só eu lembrava esta lenda

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.