"Um dos três navios da Greenpeace, o quebra-gelo Artic Sunrise, chega a Lisboa quinta-feira, ao cais de Alcântara, depois de três meses no Mediterrâneo a denunciar actividades destrutivas e a documentar as áreas marinhas que necessitam de protecção.
A paragem do navio em águas portuguesas tem como objectivo divulgar a campanha de mercado de peixe da Greenpeace, que tem como objectivo diminuir a comercialização no mercado nacional de espécies consideradas em vias de extinção, como o salmão, o bacalhau ou o espadarte, e ajudar a salvar os oceanos.
Antes de se juntar à frota da Greenpeace, em 1995, o Arctic Sunrise era um navio utilizado na caça às focas baptizado com o nome de Polar Bjorn, e chegou mesmo a ser confrontado por activistas da Greenpeace quando fazia a entrega de equipamentos para a construção de uma pista de aterragem dentro de uma reserva de pinguins na Antárctica, que se destinava à exploração de petróleo e de reservas minerais pelo governo francês.
A primeira campanha do Arctic Sunrise, já nas mãos da Greenpeace, foi uma acção para acabar com o descarte de instalações petrolíferas no mar. Foram lançados ao mar vários activistas que ocuparam a reserva de petróleo Brent Spar, localizada no Mar do Norte, para evitar que fosse afundada uma instalação com 14.500 toneladas.
O Arctic Sunrise tem participado em muitas outras campanhas da Greenpeace, entre as quais uma investigação à poluição de plataformas de petróleo no Mar do Norte, perseguições de embarcações piratas que pescavam ilegalmente no Oceano Índico, confrontos com poluidores no Mediterrâneo.
No último Outono, no oceano Antárctico, o Arctic Sunrise chegou a ser atacado e danificado pelo navio-fábrica da frota baleeira japonesa, o Nisshin Maru."
Lusa/SOL online, 20-8-2008
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