Fora a lança em Salvaterra, não há sombra de Bloco no poder local. Faz agora quatro anos, Sá Fernandes era mostrado como um exemplo. Mas até esse trunfo, feito uma estratégia que não excluía o poder, foi deitado fora. Agora, está provado, nada sobra. A volatilidade dos votos no partido de Francisco Louçã não pode surpreender. A estratégia de crescimento do partido nunca passou pelas pequenas estruturas, mas antes pelos maiores microfones do País. É uma luta de grandes frases, de grandiosos ideais, de combates ideológicos. Serve para conquistar almas, na hora de escolher uma forte oposição a um Governo que criou descontentamento, mas não para cativar almas para pequenas construções, para as coisas terrenas. A partir de agora tudo fica claro: para as câmaras e para as freguesias, o Bloco de Louçã não conta. E não conta porque, como prova o que aconteceu em Lisboa, o Bloco simplesmente abdicou de influenciar o poder por dentro. Agora, e depois destes resultados, Francisco Louçã vai mesmo ter de decidir para que serve o seu partido. Já não é uma opção - é um debate que será forçado a fazer.»
por David Dinis, Editor de Política, DN online, 12-10-2009
Nota:
Caro David Dinis,
Aqui, em Salvaterra, também, não há Bloco. Os eleitores de Salvaterra de Magos (eu incluído), não votaram no Bloco de Esquerda, mas sim em Ana Cristina Pardal Ribeiro (Anita). Toda a gente sabe esta realidade. Louçã finge que não.
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