"As pessoas de direita usam fato e gravata como os padres usam sotaina. É como uma farda."
Miguel Portas, sobre os códigos de vestuário da classe política, a propósito do lançamento do livro da investigadora Alice Duarte "Estudos de Caso no Interior da Classe Média". i, 10/11/2009, reproduzido no Expresso online.
Nota:
Pensava que Miguel Portas tinha saído do PCP por razões ideológicas.
Mas parece que não. Parece que foi mais pelo facto (fato, segundo o novo Acordo Ortográfico) do uso de fato e gravata por parte da generalidade dos dirigentes daquele partido, que eu - apesar das muitas divergências - supunha ser de esquerda.
Não deixa de ser curioso verificar que este estigma social muito em moda no PREC (Período Revolucionário Em Curso, ocorrido entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975), vem de gente que defende o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
É caso para dizer: tão liberais para umas coisas e tão preconceitoosos para outras...
Sem comentários:
Enviar um comentário