Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O espermograma do velhinho




Um velhinho tinha que fazer um espermograma. Foi à farmácia e comprou um potinho desses para colecta de material.

Chegando em casa, foi ao banheiro e tentou com a mão direita, tentou com a esquerda e até com as duas, e nada.

Então, chamou sua mulher.

Ela tentou com a mão direita, tentou com a esquerda, com as duas e até com a boca, mas também não conseguiu.

Não vendo outra opção, ela chamou a vizinha.

Esta, querendo ajudar, mesmo bastante constrangida, tentou com a direita, com a esquerda, com as duas mãos, e muito sem graça, pediu licença e tentou com a boca, mas não obteve sucesso.

A vizinha, não se dando por vencida, chamou a filha de 18 anos, uma menina encantadora.

E mais uma vez repetiram-se as tentativas. Uma mão, outra, as duas, com a boca, mas também não conseguiu.

O velhinho triste, voltou à farmácia e devolveu o pote ao vendedor dizendo:

- Dá pro senhor me ver outro potinho, porque lá em casa, ninguém conseguiu abrir este?




Nota:
Texto recebido por e-mail de uma amiga de Rio Branco do Sul, Paraná, Brasil.
Elsa, obrigado! :)))

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.