Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acidente do Airbus A330 da Air France: Erros de pilotagem e de sondas condenaram voo 447


«O acidente do voo 447 da Air France, que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, em 2009, deveu-se ao congelamento das sondas Pitot, perda brusca de velocidade e erro de um co-piloto, divulgou hoje o jornal Le Figaro.



O jornal francês diz que o relatório produzido pelo Escritório de Investigações e Análise (BEA, na sigla em francês), que analisou os dados e gravações das caixas-pretas, informa que o acidente foi causado pelo congelamento das sondas Pitot, perda brusca de velocidade da aeronave e erro de um co-piloto.

Segundo o diário, o relatório assegura que a tripulação não conseguiu entender os problemas registados no avião e que foi incapaz de resolver a situação a tempo de evitar a tragédia.

De acordo com o relatório, o copiloto menos experiente não teria recebido formação para lidar com perda de velocidade da aeronave.

O diário descreveu o que ocorreu na cabine de comando depois de o comandante ter deixado o cockpit para descansar. Um co-piloto experiente sentou-se no lado esquerdo da cabine do Airbus, o outro co-piloto, o menos experiente, ocupou o assento do lado direito do avião.

Logo após o piloto automático ter sido desligado, devido ao congelamento das sondas externas, o copiloto da direita puxou os controlos, levantando o nariz da aeronave e subindo até aos 37.500 pés.

O relatório vai sustentar que esta manobra "é incompreensível", pois o procedimento correto no caso seria desacelerar a aeronave.

Ainda de acordo com o Le Figaro, o relatório aponta que o copiloto da esquerda terá perdido segundos preciosos ao tentar chamar o comandante através de um alarme, ao invés de lidar com a avaria.

Quando o comandante regressou ao cockpit, os co-pilotos informaram que não estavam a perceber o que estava a acontecer e também o comandante "foi incapaz de analisar a situação".

O voo AF 447 da Air France (Airbus A330), que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, sobrevoava o Oceano Atlântico quando desapareceu dos radares na noite de 31 de maio de 2009 com 228 pessoas a bordo.

Cento e cinquenta e quatro corpos foram encontrados entre os destroços do avião e retirados do mar, após o acidente, em missões de resgate. Entre as vítimas de 32 nacionalidades, estão 59 brasileiros e 72 franceses.

As duas caixas negras, que registaram os parâmetros do voo e as conversas na cabine dos pilotos, foram resgatadas do fundo do mar no início de maio, após passarem 23 meses a 3,9 mil metros de profundidade no Oceano Atlântico.»


in DN online, 29-7-2011

Sem comentários:

Contador, desde 2008:

Localizador, desde 2010:

Acerca de mim

A minha foto
"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.