«O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, recebe todos os meses cerca de 1400 euros por subsídio de alojamento apesar de ter um apartamento seu na área de Lisboa onde reside durante toda a semana. A assessoria de imprensa do Ministério da Administração Interna (MAI) afirma que o subsídio é legal, uma vez que o governante tem a sua residência permanente em Braga.
São nove os governantes a quem foi atribuído, por despacho de 29 de Setembro do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, com o aval do ministro das Finanças, subsídio de alojamento por não terem “residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 km”. Mas Miguel Macedo é o único que na declaração de rendimentos que entregou ao Tribunal Constitucional apresenta duas moradas, uma em Braga, de onde é natural e por onde foi eleito, e a outra em Algés, nos arredores de Lisboa, onde tem casa própria e reside durante os dias da semana, confirmou a assessoria de imprensa. O seu rendimento bruto é de 4.240 euros.»
in Público online, 21-10-2011
«O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou que na segunda-feira irá renunciar ao subsídio de alojamento, após o surgimento de polémica sobre o assunto.»
in JN online, 23-10-2011
Notas do Zorate:
Obviamente que Miguel Macedo estava a receber o referido subsidio, pelo menos, de uma forma imoral.
O legislador ao atribuir aquele subsidio para quem tem a sua habitação a mais de 100 km de Lisboa, teve o propósito de não prejudicar quem por funções de Estado seja obrigado a residir na área da Capital.
Ora, Miguel Macedo há vários anos que tem residência (própria) em Algés (localidade pegada a Lisboa).
Pode ser a primeira, segunda ou terceira habitação, não importa, a verdade é que já tinha aquela habitação (propriedade sua) em Algés antes de assumir o cargo de ministro da AI.
Se Miguel Macedo não tivesse a consciência pesada, concerteza não abdicaria daquele subsidio.
Assim, o país ficou a saber que tem um Ministro da Administração Interna que para beber água precisa que lhe assobiem, ou seja: para cumprir valores de Honradez foi preciso alguém puxar-lhe as orelhas.
Como disse ontem Vasco Lourenço: o poder foi tomado por um "bando de mentirosos".
Imagem de Miguel Macedo in Google
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