O Comité Nobel norueguês anunciou como Nobel da Paz 2011 as liberianas Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e iemenita Tawakkul Karman.
Três mulheres foram distinguidas esta manhã de sexta-feira pelo Comité Nobel norueguês, em Oslo: as liberianas Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman.
O Comité Nobel Norueguês distinguiu o trabalho das laureadas pela luta pacífica em nome dos direitos das mulheres. "Não podemos conseguir a democracia e a paz duradoura no Mundo a menos que as mulheres tenham as mesmas oportunidades do que os homens", assinalou o Comité, em comunicado.
Ellen Johnson Sirleaf foi a primeira mulher a ser eleita presidente em África, cargo no qual "tem contribuído para a paz na Libéria, para a promoção do desenvolvimento económico e social e para reforçar a posição das mulheres".
A liberiana Leymah Gbowee conseguiu "mobilizar e organizar as mulheres de etnias e religiões diferentes a fim de conseguir acabar com a guerra na Libéria e garantir a sua participação nas eleições".
Já Tawakkul Karman liderou movimentos de luta pelos direitos das mulheres e pela democracia e paz no Iémen, antes e durante a "Primavera Árabe".
O Nobel da Paz foi concedido 91 vezes entre 1901 e 2010, celebrando este ano 110 anos de existência.
No ano passado, o Nobel da Paz foi atribuído a Liu Xiaobo pela sua "luta em nome dos direitos humanos fundamentais na China". A organização Human Rights Watch apelou, esta sexta-feira, à libertação de Liu Xiaobo, lembrando que, um ano depois de lhe ter sido atribuído o Prémio Nobel da Paz, o dissidente chinês continua "injustamente preso".
Entre as figuras internacionais distinguidas em anos recentes constam Barack Obama (2009), a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e o então director Mohamed ElBaradei (2005), Wangari Maathai (2004), Kofi Annan (2001), Ximenes Belo e José Ramos-Horta (1996) e Nelson Mandela e Frederik Klerk (1993).
No total, o prémio distinguiu 121 laureados: 98 personalidades individuais e 23 organizações.
Apenas duas entidades foram distinguidas mais que uma vez: o Comité Internacional da Cruz Vermelha (1917, 1944, 1963) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (1954 e 1981).
O prémio foi repartido apenas uma vez por três pessoas: Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhak Rabin, em 1994.
O Comité Nobel norueguês é composto por cinco membros designados pelo Storting (o Parlamento norueguês).
Por 19 ocasiões, o prémio não foi atribuído. A última vez ocorreu em 1972.
in JN online, 07-10-2011
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