Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Um dia mando foder tudo



 

Um dia mando foder tudo.
Os fascistas, os racistas, os invejosos, os vigaristas, os mal-intencionados, os mimados, os humanos, desgraçados na prepotência e tendo a maldade como principal vigência na sua incumbência.
Às vezes ficamos cansados, agastados e desgastados, com o barulho dessa selva que existe lá fora.
O carro que passou na frente, o pisca que não deu, a frase que não se disse, a gramática que não se usou, as costas que se viraram, o contexto que não se entendeu, o gajo que aprisionou, a gaja que se passou, o amor que não venceu e a vingança tem de vir como apogeu.
A gorda que não emagrece, o sapato que a outra escolheu, a roupa que alguém vestiu ou a gaja que com alguém se deitou e o falatório que isso criou.
Um dia mando foder tudo.
O sonho que se evidenciou e com isso nada se criou, os objetivos que não se atingiram e com a passividade se fundiram.
O amor que se sonhou, a desgraça que se criou, a luta que se debitou e a dor que se creditou.
Um dia mando foder tudo.
A tristeza de uma perda, o descaso de uma vida, o trauma de um momento e o silêncio de um tormento.
Um dia mando foder tudo.
Pego na mochila do que construí, largo o apego do qual nunca saí, agradeço a melodia que sempre ouvi…e organizo a música com a qual... sempre vivi…
(Bruno Fernandes)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.