Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

A Mulher na Grécia Antiga



 

A discussão do papel da mulher na sociedade não é atual.
É antiga e presente no pensamento ocidental desde a Antiguidade.
Na Grécia, Sócrates, Tucídides e Plutarco ajudam-nos a elaborar um breve quadro que compõe o significado da mulher em Atenas.
1. Dentro de casa:
A sua autoridade doméstica era plena.
Era a principal responsável pela distribuição das tarefas aos escravos, zelava pela educação da prole, cuidava do preparo e conservação dos alimentos, estava atenta ao vestuário e à saúde dos membros da família.
Se fosse rica, viveria num cômodo à parte, chamado gineceu.
Raramente saía de casa, a não ser acompanhada por uma escrava.
Por esta razão, era sedentária.
Se fosse pobre, a sua casa não tinha espaço para um gineceu e, portanto, teria mais liberdade para circular, uma vez que precisava de manter a casa funcionando.
2. Entretenimento:
As mulheres participavam nos festejos da cidade, além de terem uma festa inteiramente dedicada às mulheres casadas, chamada "Tesmoforias".
Também iam ao teatro assistir, especialmente, as tragédias.
3. Concubinato:
As leis e costumes atenienses não eram rígidos no que diz respeito à "divisão de amores" por parte dos homens.
Muitos atenienses viveram como bígamos (com duas mulheres), sendo uma a oficial e a outra, escrava ou estrangeira.
4. Busca de prazeres:
Com a guerra, o que parecia contínuo e duradouro se transforma em efémero e pontual.
Uma irrefreável busca dos prazeres, com o objetivo de se aproveitar o momento que, sem mais nem menos, poderia se esvair, levou Atenas a uma baixa da moralidade pública, na qual todos buscavam usufruir ao máximo os bens e a vida.
Nesta época, e por estas circunstâncias, as mulheres adquiriram maior liberdade.
5. Esparta:
Diferentemente das atenienses, as mulheres espartanas eram destemidas e masculinizadas.
Na ausência dos maridos, dirigiam os negócios, cuidavam da fortuna da família e discutiam livremente os assuntos mais importantes.
📸: Aspásia
(470 a.C - 400 a.C.)
Figura feminina célebre, Aspásia foi amante de Péricles, o estadista. Nascida em Mileto, era fina e culta e tornou-se famosa porque foi o centro do repúdio de Péricles à sua esposa, oficializando a amante como a sua companheira publicamente.

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.