Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 22 de setembro de 2024

"Victoria Mortis" by Owe Zerge, in 1921



 

Nesta obra de 1921, um jovem está profundamente envolvido numa partida de xadrez contra a Morte, que é retratada como uma figura esquelética envolta num manto vermelho. A composição da pintura, dominada por tons escuros e suaves, destaca o clima sombrio, enquanto o forte contraste das figuras contra o fundo preto direciona o foco do espectador para o confronto simbólico.
O jogo de xadrez em si serve como uma alegoria para a batalha do homem contra a mortalidade, com a Morte pacientemente esperando a sua vitória inevitável. A ampulheta colocada na mesa sugere a passagem do tempo, adicionando uma camada de urgência à cena.
A partida entre o homem e a Morte é uma metáfora para a luta da vida contra a morte inevitável, em que cada movimento simboliza decisões, ações e consequências.
A ampulheta ao lado da figura esquelética lembra ao espectador que o tempo é finito, reforçando a mensagem sombria sobre a brevidade da vida.
Diferente do jovem angustiado, a Morte parece calma, sugerindo que, enquanto os humanos temem e resistem à mortalidade, a Morte pacientemente aguarda o seu triunfo eventual.
(Pintura: Victoria Mortis - Owe Zerge)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.