«O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, afirmou esta segunda-feira que o líder líbio Muammar Kadhafi "não tem saída possível" e o seu regime de 42 anos "acabou".
"O regime agora tem os seus dias contados", declarou Alain Juppé numa conferência de imprensa em Paris, reagindo à entrada das forças rebeldes líbias na capital do país, Tripoli, no domingo à noite.
"Não temos nenhuma certeza sobre a condição física, digamos, do coronel Kadhafi", afirmou também o ministro dos Negócios Estrangeiros francês na sua breve intervenção.
Alain Juppé salientou que "a França e a Grã-Bretanha foram determinantes" no sucesso da rebelião líbia e recordou "a determinação e o discernimento" da aliança que, desde Março, decidiu apoiar o levantamento armado no leste do país.
O ministro francês sublinhou a propósito que "alguns acham que seis meses foi muito tempo e falavam de arrastamento do conflito", mas que a vitória dos rebeldes foi rápida.
"Agora, o futuro da Líbia pertence aos líbios, e apenas a eles, mas a comunidade internacional precisa de acompanhar e ajudar o Conselho Nacional de Transição" (CNT), afirmou Alain Juppé.
O chefe da diplomacia francesa frisou também que a França foi o primeiro país "a reconhecer a legitimidade do CNT" e da causa dos rebeldes líbios.
A França pretende a convocação de uma reunião de emergência do grupo de contacto para a Líbia, na próxima semana.
"Hoje mesmo, o Presidente da República falará com o líder do CNT, Mohammed Djibril, que esperamos em Paris nos próximos dias", anunciou ainda Alain Juppé.
O ministro assinalou que os combates prosseguem ainda em Tripoli, mas que "o CNT controla o essencial da capital e as cidades próximas".»
in CM online, 22-8-2011
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