Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

A FÁBULA DO IMBECIL



 

Dizem que, numa pequena aldeia, um grupo de pessoas se divertia com o "imbecil" local, um pobre coitado, de "pouca inteligência", que vivia fazendo pequenas tarefas e pedindo esmolas.
Todos os dias, alguns homens chamavam o "estúpido" para a taberna onde se encontravam e ofereciam-lhe para escolher entre duas moedas: uma grande, de menor valor, e a outra menor, valendo cinco vezes mais.
Ele levava sempre a maior e menos valiosa, o que provocava uma gargalhada geral.
Um dia, alguém a assistir à diversão do grupo com o homem "inocente", chamou-o de lado e perguntou-lhe se ele ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos e ele respondeu:
"Eu sei, eu não sou tão estúpido. Ela vale cinco vezes menos, mas no dia em que eu escolher a outra, o jogo termina e eu não vou mais ganhar moeda alguma."
Esta história podia terminar aqui, como uma piada simples, mas várias conclusões podemos tirar desta fábula:
A primeira: quem parece um idiota, nem sempre o é.
A segunda: quem foram os verdadeiros idiotas desta história?
A terceira: ambição excessiva pode acabar com a fonte de rendimento.
Mas a conclusão mais interessante é:
1° - Podemos ficar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião sobre nós mesmos;
2° - O que importa não é o que os outros pensam de nós, mas o que cada um pensa de si mesmo;
3° - O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente.
(autor desconhecido)



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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.