Já lhe aconteceu olhar para pessoas da sua idade e pensar: não posso estar assim tão velho(a)?!
Veja o que conta uma amiga:
Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei-me de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome.
Era da minha turma do Liceu, uns 45 anos atrás, e eu perguntei-me: poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado na época?
Quando entrei na sala de atendimento, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, gordo, com um rosto marcado, profundamente enrugado... era demasiadamente velho para ter sido a minha paixão secreta.
Depois de ele ter examinado o meu dente, perguntei-lhe se ele tinha estudado no Liceu Camões, em Lisboa.
— Sim, respondeu-me.
— Quando se formou? Perguntei.
— Em 1985. Porque pergunta? Respondeu.
— É que... bem... o senhor era da minha turma, exclamei eu.
E então, este velho horrível, careca, barrigudo, flácido e lazarento perguntou-me:
— A senhora era professora de quê?
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