Pelo menos 19 pessoas morreram na sequência do violento sismo de 8,9 na escala de Richter registado ao largo da costa nordeste do Japão, segundo um balanço dos media nipónicos, pouco mais de três horas depois do abalo. Veja vídeos em baixo
Dezenas de pessoas estão desaparecidas, adiantam os media japoneses.
O primeiro sismo, seguido de pelo menos quatro réplicas fortes, foi registado às 14h46 locais (05h46 em Lisboa), a 179 quilómetros a leste de Sendai, ilha de Honshu, e a 382 quilómetros a nordeste de Tóquio, informou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS) .
Tsunami de dez metros
Um tsunami de dez metros está, entretanto, a atingir a costa de Sendai , no nordeste do Japão.
A televisão pública japonesa NHK está a difundir imagens onde se veem carros, camiões, residências e outros edfícios a serem destruídos pelo tsunami na cidade de Kamaishi .
Pacífico em alerta
O Centro de Tsunami do Pacífico no Hawai, Estados Unidos, anunciou que foi declarado um alerta de tsunami numa vasta região do Pacífico, que inclui o Japão, a Rússia e as ilhas Marianas. Foi também emitido um alerta de vigilância de tsunami para Guam, Taiwan, Filipinas, Indonésia e Hawai.
As autoridades do Hawai e das Filipinas já ordenaram a retirada da população das zonas osteiras situadas perto do nível do mar.
500 portugueses registados no Japão
De acordo com a agência noticiosa japonesa Kyoto, o sismo abanou com violência muitos edifícios de Tóquio, levando os moradores a fugir para as ruas.
O telhado de um edifício desabou no centro da capital nipónica onde cerca de 600 estudantes participavam numa cerimónia de entrega de diplomas, fazendo numerosos feridos, segundo os bombeiros e os media locais.
Também em Tóquio, a embaixada de Portugal está a tentar contactar os cerca de 500 portugueses registados no Japão, mas para já não há conhecimento de que tenham sido afetados, segundo disse à Lusa Paulo Chaves, conselheiro da embaixada.
TESTEMUNHOS
"Aqui em Tóquio estamos habituados a sismos, mas desta vez foi mesmo muito forte. O mais forte das últimas décadas, talvez. Há água e luz nas casas. O trânsito circula, as comunicações estão intermitentes, mas não há pânico."
Técnico português residente em Tóquio há mais de dez anos
"Uma coisa é estar habituado a alguns tremores e outra coisa foi isto. Foi um abalo muito forte. Parecia até irreal. Aqui em casa caiu tudo ao chão, o edifício abanou muitíssimo e até a água da sanita saiu para fora. Foi tão forte que não te podias manter de pé. Abriu-se o frigorífico e caiu tudo o que tínhamos lá dentro. Estava com a minha namorada, que tem 33 anos e é japonesa. Diz que se lembra de um tremor de terra grande quando era pequena, mas nada como este de hoje."
Rodrigo Fernandez, cidadão espanhol viver em Tóquio há cerca de 18 meses
in Expresso online, 11-3-2011
Também aqui: http://acontecimentos-insolitos.blogspot.com/
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