Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Diz o almanaque Borda d'Água: Dia Mundial do Teatro e Dia Nacional do Dador de Sangue...


- Dia 27 de Março

- Sexta-feira

- Dia de S. João Damasceno

- Dia de S. Alexandre

- Dia Mundial do Teatro

- Dia Nacional do Dador de Sangue

- No dia 27 de Março de 1853, nasceu Cristóvão Aires

in Borda d'Água 2009




«- Nem isso mesmo me responde o Mar!
Meu seio inquieto é um sepulcro enorme;
e muita vida aqui tranquila dorme
um sono que ninguém pode acordar.»

E o Mar, aquele monstro rude e informe,
pronto a tudo ruir, tudo tragar,
vem em estrofes dulcíssimas compor-me
a sua história longa de contar.

Sobre as ondas, há lutas, há destroços,
naufrágios, tempestades e escarcéus!...
O fundo é cripta imensa, cheia de ossos!

E por sobre esta luta tão renhida,
flâmulas, galhardetes e troféus!...
Rude Mar, és o símbolo da Vida!
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Cristovão Aires
(27-3-1853/10-6-1930)
Poeta parnasiano, poetou sobre a sua Índia natal. Voltou para Portugal aos 18 anos na companhia do poeta Tomás Ribeiro, amigo que o ajudou na sua carreira literária. Em Lisboa tirou o cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola do Exército e estudou ainda literatura, filosofia e história. Dedicou-se ao jornalismo, entrando em 1876 para a redacção do Jornal do Comércio e da Colónias, o qual dirigiu durante muitos anos, esteve também à frente do Notícias de Lisboa e de A Tarde e foi ainda redactor de outros jornais e revistas. Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Real de História de Madrid. Político e militar, foi professor na Escola de Guerra. Em 1923 passou à reserva com o posto de General. Além de poesia, escreveu contos (Lantejoulas, 1890, Longínquas, Fantasias Orientais, 1891) e foi sobretudo historiador, dedicando-se principalmente ao estudo da figura de Fernão Mendes Pinto com o livro "Fernão Mendes Pinto e o Japão, Pontos Controversos", 1906. Publicou a "História Orgânica Política do Exército Português" (17 vol. 1896-1932), "História da Cavalaria Portuguesa" em 4 volumes, o trabalho intitulado "Para a Históriada Academia das Ciências de Lisboa", da qual foi secretário geral durante largos anos, e ainda "Dicionário da Guerra Peninsular" em 4 volumes. À História do Exército foram acrescentados mais 2 volumes pelo seu filho Cristovão Aires de Magalhães. Muita da sua poesia encontra-se dispersa por jornais nomeadamente na revista "Brasil-Portugal". Possuidor de grande número de condecorações ques nacionais quer estrangeiras.
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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.