A próxima semana é a data prevista para a realização do transplante de medula óssea da Marta, a menina de cinco anos a quem foi diagnosticada leucemia em Fevereiro, relevou ao DN a tia da criança, Maria João Drey. Depois de ter sido internada na segunda-feira à noite no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, Marta vai agora ser submetida a um tratamento agressivo de quimioterapia durante nove dias, só depois poderá ser feito o transplante, com células de um dador português.
"Esta é a fase final do processo de tratamento, mas é a mais dura", confessa a tia da menina de cinco anos. Ainda assim, Marta "entrou confiante no hospital porque lhe dissemos que era o último internamento grande", explica Maria João Drey.
O internamento pode durar até três meses após a transplantação de medula e durante todo este tempo, Marta vai ficar numa zona de isolamento total. "Só os pais é que podem entrar e todos desinfectados como se fossem fazer uma cirurgia", refere a tia da criança de cinco anos.
A família reafirma a confiança na recuperação de Marta depois do transplante. E Maria João Drey não esquece as milhares de mensagens de apoio e a solidariedade de todos os que se juntaram à página da rede social Facebook, onde durante meses se apelou à inscrição das pessoas como dadoras de medula óssea. "Temos confiança e continuamos a acreditar que é possível", sublinha, acrescentando que "o apoio de todas as pessoas foi muito importante e acreditamos que a união faz a força".
O tipo de leucemia que foi diagnosticada a Marta é uma das mais graves e, por isso, o transplante era inevitável. Durante três meses, a família fez vários apelos através da Internet e organizando colheitas de medula óssea, originando uma onda de solidariedade que levou 13 mil pessoas a inscreverem-se como dadoras.
Os registos internacionais encontraram dois dadores com- patíveis em Espanha e nos EUA. Mas foi o dador português o es- colhido para o transplante.
Texto in DN online, 29-7-2009
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