Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vasco Lourenço revela mais uma aldrabice de Cavaco...

O presidente da Associação 25 de Abril afirma que a assessoria de imprensa da Presidência da República "disse inverdades e meias-verdades" a propósito da ausência de Cavaco Silva no colóquio sobre Melo Antunes.


Como o Expresso noticiou, o Presidente da República não participou no colóquio realizado nos dias 27 e 28, na Fundação Gulbenkian, destinado a assinalar o 10.º aniversário da morte do principal ideólogo do 25 de Abril.

Posição diferente foi a dos três ex-chefes de Estado vivos, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, que participaram nos trabalhos, tendo cada um deles presidido a um painel.

Em esclarecimentos prestados no sábado a vários órgãos de Informação, a assessoria de Imprensa do Palácio de Belém fez saber que o Presidente "tinha intenção de se associar de alguma forma à justa homenagem a Ernesto Melo Antunes". Nesse sentido, a Casa Civil marcou uma audiência com os organizadores do colóquio/homenagem para dia 13 de Outubro".
Quatro dias antes, porém - e sempre segundo os serviços de Belém -, "a comissão promotora da homenagem comunicou que não poderia comparecer na audiência".
"Não íamos fazer nada à audiência"
Membro da comissão promotora do colóquio, mas falando a título individual, Vasco Lourenço disse ao Expresso que o convite a Cavaco Silva foi feito não em Outubro mas "ainda antes das férias do Verão". Em resposta, a Presidência transmitiu que Cavaco Silva "não presidiria ao colóquio e que também não estava disponível para dar o seu alto patrocínio à homenagem".
Nestes termos, "quando o Chefe da Casa Civil nos convidou para a referida audiência, achámos que não valia a pena porque não íamos lá fazer nada". Vasco Lourenço afiança que "nunca nos foi dito que a audiência se destinava a analisar a forma do Presidente da República se envolver ou apoiar a homenagem".

A decisão de não comparecer à audiência com Cavaco Silva "foi pacífica" entre os vários membros da comissão executiva, composta por Fernando Melo Antunes (irmão do falecido ministro dos Negócios Estrangeiros), José Romano, Maria Inácia Rezola, Mário Mesquita e Vasco Lourenço.
"Mais uma confusão" de Belém

A comissão promotora do colóquio - constituída pela executiva e mais nove elementos, entre os quais os generais Ramalho Eanes, Loureiro dos Santos e Pezarat Correia -, reúne-se na quarta-feira, sendo provável que venha a apreciar este incidente.

Vasco Lourenço adiantou que os contactos com Belém estiveram a cargo de Fernando Melo Antunes, que teve como interlocutor o chefe da Casa Civil, Nunes Liberato.

Falando sempre a título individual, o presidente da Associação 25 de Abril lamentou "mais esta confusão da Presidência da República, depois de toda a história à volta das alegadas escutas".





Texto in Expresso online, 30-11-2009

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.