Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Uma pergunta para Miguel Sousa Tavares: Esta divulgação do WikiLeaks é de interesse público ou não?


Presidente moçambicano e Joaquim Chissano cúmplices com o narcotráfico

«Telegramas da embaixada norte-americana em Maputo, divulgados pelo WikiLeaks, revelam que Presidente moçambicano, Armando Emílio Guebuza, e antecessor Joaquim Chissano estão envolvidos com o narcotráfico.

- Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, à direita, suspeito de ser cúmplice do narcotráfico -


Em Moçambique , o poder político ao mais alto nível está comprometido com o narcotráfico, revelam telegramas confidenciais da embaixada norte-americana em Maputo, divulgados pelo portal WikiLeaks, que envolvem o presidente Guebuza e o seu antecessor, Joaquim Chissano.

O narcotráfico tem uma base segura em Moçambique, rota da cocaína que chega do Brasil, do haxixe do Paquistão e da heroína produzida no Afeganistão, afirmam diplomatas americanos em correspondência divulgada pelo site WikiLeaks e publicada ontem pelo jornal "Le Monde".

Após a Guiné-Bissau, Moçambique tornou-se "o segundo lugar africano mais ativo para a actividade dos traficantes de droga", relatou num telegrama, no verão do ano passado, o representante diplomático da Embaixada dos EUA na capital moçambicana.

Tentáculos do polvo

Moçambique "não é um completo narco-Estado corruto, mas segue numa direção inquietante", destaca o diplomata. Segundo o funcionário americano, a cocaína chega "por avião a Maputo procedente do Brasil", e o haxixe e a heroína vêm por via marítima de "Paquistão e Afeganistão".

As drogas alimentam o mercado sul-africano ou seguem para a Europa.

O narcotráfico é dirigido por dois moçambicanos de ascendência asiática, Mohamed Bachir Suleiman, conhecido como "MBS", e Ghulam Rassul Moti, cujas atividades eram impossíveis sem a cumplicidade ao mais alto nível do Estado, segundo a correspondência diplomática.

"MBS tem laços diretos com o presidente Armando Guebuza e com o ex-presidente Joaquim Chissano", revela um telegrama diplomático de 28 de setembro de 2009 divulgado pelo WikiLeaks. "Suleiman contribuiu em grande parte para financiar a Frelimo (partido do Governo) e ajudou significativamente nas campanhas eleitorais" de Guebuza e Chissano.

O diplomata americano explica que "a administração do porto de Nacala, célebre por permitir a passagem de droga procedente do sudeste asiático, foi entregue recentemente a Celso Correira, presidente executivo da Insitec, uma empresa de fachada de Guebuza".»


in Expresso online, 09-12-2010


Nota do Zorate:
Uma pergunta para os críticos do WikiLeaks: esta divulgação é de interesse público ou não?

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.