Dos três dadores compatíveis com Marta, a criança de cinco anos que tem leucemia e que levou milhares de pessoas a oferecer ajuda, o escolhido para o transplante foi o português, apurou o DN junto de fonte ligada à família. Os outros dadores eram um espanhol e um norte-americano encontrados em bancos internacionais.
Até ao final do mês, Marta será internada no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa para ser submetida ao transplante de medula óssea. A tia da menina adiantou ao DN que a criança "está muito bem-disposta" e que "já recuperou o peso perdido durante os tratamentos".
O internamento com vista ao transplante vai acontecer entre os dias 20 e 30. Por enquanto, "a Marta vai todos os dias ao hospital e tem tomado a medicação, estando a reagir muito bem", conta Maria João Drey. A família já está preparada para a longa recuperação da menina, que será de um ano. "Temos muita esperança que tudo corra bem", diz Maria João Drey.
Apesar de já ter encontrado um dador compatível, o movimento de apoio que a família de Marta criou na rede social online Facebook continua a receber milhares de mensagens de apoio e a divulgar acções de registo de novos dadores. "Temos de continuar a procurar dadores para todos aqueles que não tiveram a mesma sorte que a Marta", sublinha a tia da criança, lembrando o caso de Teresa, a jovem de 17 anos que continua à procura de um dador compatível.
A campanha de procura por um dador compatível com a Marta levou 13 mil pessoas a inscreverem-se no registo português de dadores de medula óssea, desde Março até ao final de Junho.
Pedidos de ajuda na Internet
Tal como Marta, também Ana Catarina e Carolina Lucas procuram ajuda para os seus problemas de saúde em páginas da Internet.
Ana Catarina tem displasia septo-óptica (síndroma de Morsier), que lhe provocou hipoplasia dos nervos ópticos e cegueira. Os pais da menina de três anos acreditam que um tratamento na China com células estaminais pode ajudá-la e lançaram um blogue para recolher os fundos necessários para o tratamento, que dura seis a oito semanas.
A Carolina está a fazer tratamentos em Cuba para tentar andar, o que não consegue fazer devido à paralisia cerebral que sofreu. Tem cinco anos e na sua página da Internet revela que precisa de dinheiro para continuar as sessões de terapia em Cuba. Cada ciclo custa 11 mil euros e já lhe permitiram alguns progressos.»
in DN online, 07-7-2009
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