Carlos Cruz acusa pelo menos um dos juízes de ter preconceitos contra ele desde o início do julgamento e diz que o Ministério Público deu cobertura a mentiras apenas para obter uma condenação.
Em entrevista à TSF, Carlos Cruz recusa dizer o nome do juiz, mas é categórico na acusação e diz que por preconceito as provas que apresentou não foram devidamente valorizadas pelo menos por um dos três juízes do colectivo.
«Para além dos preconceitos do Ministério Público que não se preocupa com a verdade, mas com processos perfeitamente inquisitórios, inclusivamente dando interpretações malévolas a perguntas e respostas das testemunhas, dando cobertura a muitas mentiras que se diziam em Portugal, senti no tribunal pelo menos em relação a um dos membros que desde o início tinha preconceitos, espero que os tenha perdido», afirmou Carlos Carlos.
Durante os cinco anos e meio de julgamento foram apresentados três incidentes de recusa do juiz, por suspeita de parcialidade, mas nenhum dos três partiu da defesa de Carlos Cruz.
O acórdão Casa Pia é conhecido na próxima semana. Carlos Cruz antecipa outro receio.
«Resolvido que seja o medo que tinha dos preconceitos, se ele for resolvido, o meu medo é que apagados os preconceitos tenham surgido pressões da própria estrutura do sistema judicial que pode querer agarrar no processo Casa Pia como uma bóia de salvação para a imagem degradadíssima que neste momento tem na opinião pública», adianta.
Carlos Cruz garante que se for condenado vai esgotar todas as hipóteses de recurso, diz que para além das instâncias nacionais vai recorrer para o tribunal europeu dos direitos do homem e expor o caso ao Parlamento Europeu.»
in TSF online, 28-7-2010
Sem comentários:
Enviar um comentário