Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Procurador-geral da República surpreso com mediocridade dos magistrados titulares do processo Freeport...

Em nota divulgada à comunicação social, o procurador-geral da República afirma-se surpreso com a necessidade de mais inquirições suscitadas pelos investigadores do caso Freeport.




Pinto Monteiro reagiu assim às notícias que davam conta que os procuradores encarregados do processo queriam ouvir o primeiro-ministro mas não tiveram tempo. O Ministério Público chegou mesmo a elaborar 27 perguntas para colocar a José Sócrates.

"Após a análise do inquérito e compulsados todos os elementos que dele constam, verifica-se que, nesta fase, importaria, não obstante, a ausência de qualquer proposta nesse sentido por parte da Polícia Judiciária, proceder à inquirição do então ministro do Ambiente, actual primeiro-ministro, e do então secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, actual ministro da Presidência", afirmam os procuradores Paes de Faria e Vítor Magalhães na página 100 do despacho final do processo.

No entanto, Pinto Monteiro revela que "foi com total surpresa que se tomou conhecimento da invocada necessidade de mais inquirições, questão que só agora se vê suscitada".

Na nota enviada às redacções, o procurador-geral da República anuncia a abertura de um inquérito para o "integral esclarecimento de todas as questões de índole processual ou deontológica" do processo Freeport.

O PGR quer ainda esclarecer que "durante cerca de seis anos, os investigadores do processo (Ministério Público e Polícia Judiciária) ouviram quem entenderam, onde entenderam e pela forma que acharam conveniente".

Pinto Monteiro destaca que a investigação foi realizada pelos magistrados titulares do processo "com completa autonomia, inquirindo as pessoas que julgaram necessárias e realizando todas as diligências que tiveram por oportunas".

"Nunca o Procurador-Geral da República colocou qualquer limitação, designadamente de tempo ou lugar, concordando inclusive com todas as deslocações ao estrangeiro que entenderam dever fazer", afirma o Procurador-geral que sublinha ainda que nunca lhe foram requeridos quaisquer pedidos de modo a prolongar a investigação.

"Nem a Senhora Directora do DCIAP, nem os magistrados titulares do processo requereram qualquer prorrogação de prazo ou invocaram a necessidade da realização de qualquer diligência", revela Pinto Monteiro



Pinto Monteiro esclarece que investigadores ouviram quem quiseram:




Texto e vídeo in SIC online, 29-7-2010

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.