Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Teresa Freitas, a Batoteira do PS de Alpiarça, ao serviço da governadora civil de Santarém...

«Dirigente socialista plagia cardeal patriarca

A presidente da concelhia socialista de Alpiarça e secretária da governadora civil de Santarém, Teresa Freitas, plagiou na íntegra um texto de D. José Policarpo, cardeal patriarca de Lisboa, numa crónica de opinião que escreveu para um jornal regional.

Teresa Freitas coloca ainda no seu artigo outros textos do professor catedrático Adriano Moreira e da jornalista Teresa de Sousa. Na verdade, dos 10 parágrafos que compõem a crónica apenas um - o último -, ao que tudo indica, é da dirigente do Partido Socialista. De resto, até o próprio título "Portugal - Pensar o Futuro" é plagiado de um conjunto de conferências quase com uma década.

Publicado no "Jornal Alpiarcense", dando início àquilo que a direcção deste órgão de comunicação apelidou de colaboração com "textos exclusivos", o artigo pauta-se por uma sintaxe e discurso confusos, sem nexo, com os vários textos plagiados colados por uma linguagem coloquial.

Os três primeiros parágrafos pertencem a D. José Policarpo, proferidos durante os encontros de várias personalidades portuguesas sobre o estado do país. Os cinco seguintes são conclusões de Teresa de Sousa sobre o diagnóstico da situação nacional, pronunciando-se sobre a "fraqueza das elites" e o "esgotamento do modelo de desenvolvimento do país". Por fim, o penúltimo parágrafo, o maior de todos, é de Adriano Moreira, que versa sobre a "soberania de serviço".

O artigo incentiva os portugueses a "contribuir com ideias construtivas e inovadoras". Nomeada pela governadora civil Sónia Sanfona e licenciada em Ciências Políticas, Teresa Freitas termina o seu texto com um "é preciso que todos ajudem contribuindo para a construção de um futuro melhor".

Apesar de contactada pelo JN, ontem, a líder do PS de Alpiarça não esteve disponível para qualquer esclarecimento. O Patriarcado de Lisboa considerou "lamentável" o plágio, não se pronunciando mais sobre o acto da socialista. Tanto Adriano Moreira como Teresa de Sousa, confrontados com os factos, não quiseram comentar o episódio alegando desconhecer o texto em causa na íntegra.»


in Jornal de Notícias online, 18-11-2010



- Teresa Freitas -

«Portugal, Pensar o Futuro


Por: Teresa Freitas *

Pensar o futuro é uma exigência de todas as pessoas que querem estar com profundidade na construção da história do momento presente.

Sinto que hoje, pelo desafio que se põe ao mundo, e diante destes cenários que temos vivido e que são densos, estamos perante um dilema: a historia é conduzida pelo homem ou o homem é conduzido e, portanto, inevitavelmente condicionado pela historia.

Todos aqueles que têm a função e o gosto dum discernimento, que são capazes, ou não, de marcar o ritmo da história que estão a viver e que querem construir um futuro melhor, têm de contribuir com ideias construtivas e inovadoras.

Existe neste momento uma ideia da fraqueza das elites nacionais, entendida sobretudo numa dimensão intelectual, mas também integrando as elites políticas, dificuldade de pensar o país num contexto internacional e social muitíssimo mais complexo e mais exigente.

A ideia que nos surge hoje é a de um modelo de desenvolvimento que está esgotado, há que encontrar outros factores de competitividade, outra exigência a nível interno, no sentido de contarmos mais com as nossas próprias forças e não com o desenvolvimento subsidiado que temos tido até agora.

Temos também que analisar, e torna - se fundamental a compreensão do lugar da política hoje, naturalmente, a mediatização integral da vida política, que traz desafios novos ao nível da decisão e da acção política, para os quais ainda não foi encontrada resposta.

Posso assim ressaltar duas preocupações que nos surgem neste momento: a incapacidade de fazer reformas e a tentação do populismo.

Desta forma a ideia que quero partilhar convosco, é que a exigência e a responsabilidade têm de estar presente nas numerosas reflexões que devem ser feitas, pois se um país se encontra em dificuldades consegue encontrar forças para recuperar, pois tem tudo para conseguir, temos de ter essa esperança.

É verdade que o pessimismo existe, mas ele poderá ser minorado se fizermos uma leitura mais atenta do que se está a passar, valorizando a sociedade civil, necessidade de aceitar uma soberania participada ou soberania de serviço, pois só teremos uma sociedade de confiança quando o Estado prestar um serviço de confiança à sociedade civil.

Assim, não basta pensar o futuro, é preciso que todos ajudem contribuindo para a construção de um futuro melhor.

*Teresa Freitas, é Licenciada em Ciências Politicas e Presidente da Concelhia de Alpiarça do PS;


NR: Com a publicação desta crónica, Teresa Freitas começa a colaborar periodicamente com "textos exclusivos" para este jornal.»


Publicado na segunda-feira, 8 de Novembro de 2010

in Jornal Alpiarcense online



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