Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 31 de março de 2024

CASABLANCA




 

Casablanca é um filme norte-americano de 1942, do género drama romântico, dirigido por Michael Curtiz, com argumento de Julius J. Epstein, Philip G. Epstein, Howard Koch e Casey Robinson baseado na peça de teatro Everybody Comes to Rick's, de Murray Burnett e Joan Alison.

O filme conta um drama romântico na cidade marroquina de Casablanca sob o controle da França de Vichy.

Casablanca é considerado como um dos maiores filmes da história do cinema americano.

Enredo

Durante a Segunda Guerra Mundial, Rick Blaine (Humphrey Bogart), um norte-americano amargo e cínico, expatriado de causas desconhecidas, administra a casa noturna mais popular em Casablanca (Marrocos), o "Café de Rick".

Esta também é uma casa de apostas que atrai uma clientela diversificada: as pessoas da França de Vichy, militares da Alemanha Nazi, refugiados, políticos e ladrões.

 Uma noite, um pequeno criminoso chega ao clube de Rick com umas tais letters of transit ("cartas de trânsito").

Essas cartas são uma espécie de passe que permite o trânsito livre através do titular pela Europa controlada pelos Nazis e chegará até a cidade neutra de Lisboa (Portugal), onde poderia chegar aos Estados Unidos.

Assim, os documentos são de valor inestimável para qualquer um dos refugiados à espera de sua chance de escapar de Casablanca.

 Sua ex-amante, Ilsa Lund (Ingrid Bergman), que havia deixado Paris sem explicação e que com seu marido Victor Laszlo (Paul Henreid), entra no Café naquela noite com objetivo de comprar os passes.

Laszlo é um renomado líder da resistência tcheca que enfrentava os nazis.

O casal precisava das cartas para deixar Casablanca e ir para os Estados Unidos, onde ele poderia continuar seu trabalho.





 

Eduardo Ruano




MEMÓRIAS - Eu e as FP-25



Quando há cerca de 20 anos comprei e li este livro, percebi que em finais dos anos 70, princípios dos anos 80, estive na eminência de entrar numa grande encrenca.

Por essa altura, fui convidado e participei no congresso fundador da OUT (Organização Unitária de Trabalhadores), realizado na Marinha Grande.

Depois disso, participei em 4 reuniões clandestinas (Lisboa, Coimbra, Lisboa e Santa Iria de Azoia) com a presença de um conhecido militar de Abril.

Diziam-me que as reuniões eram clandestinas porque aquele militar de Abril, apesar de se encontrar na reserva, ainda estaria sob a alçada da disciplina militar.

Na última reunião em que participei aconteceram duas coisas que me deixaram de pé atrás:
1 - Foi-me dito que seria preciso optar pela Luta Armada.
2 - A dada altura os participantes na reunião foram informados que a PJ estaria por perto e, em consequência disso, a reunião foi abruptamente interrompida.

Nessa noite, durante o caminho e já em casa fiz uma demorada reflexão:
"A minha luta deve passar pelo combate de ideias políticas e nunca pela luta armada".

Algum tempo depois desta reflexão, deixei de comparecer nas reuniões da OUT, para as quais era convocado e, em 1982 aderi ao PS, onde desempenhei alguns cargos (locais e concelhios), e atualmente continuo como militante de base, ainda que descontente com muitas opções do governo do meu país.

Afinal o que descobri no livro da primeira imagem?

Descobri que após a fundação da OUT, em que participei, o tal militar de Abril concebeu a criação do Projeto Global com as seguintes componentes:
1 - Unidade ou Óscar (ele próprio, o coordenador);
2 - OUT (que ajudei a fundar, seria a cara legal do projeto);
3 - DM - Diretório Militar (estrutura composta por militares no ativo que forneceriam as armas para a Luta Armada);
4 - ECA - Estrutura Civil Armada (que viria a ser publicamente conhecida por FP-25).

Ou seja, ao ler o livro fiquei convencido que a tal reunião abruptamente interrompida, em que participei, era já uma reunião preparatória da ECA (FP-25).

Apesar de alguns azares na vida, aquele dia foi para mim um dia de sorte!

Naquele dia o meu Anjo da Guarda esteve perto de mim e protegeu-me.





 

sábado, 30 de março de 2024

TER vs SER



 

Sou aquele que teve quase tudo e agora tem quase nada. Um soldado que foi quase nada e agora é quase tudo. Deixei o Ter. Passei a Ser. Eis a questão que só alguns compreenderão. (A. João, Ribatejo, 23 de Julho de 2016, in 'poeta e louco um pouco')


MEMÓRIAS - Cinema Quarteto e Galeto




Cinema Quarteto, Rua Flores do Lima, em 1977.
Neste cinema de Lisboa, com 4 salas, vi dezenas de filmes nos anos 70/80, época em que fui um cinéfilo ativo.
Depois do Quarteto, esperava-me uma deliciosa ceia no Galeto, na Av. da República.
Saudades. ❤



 

“Uma Vida Singular” ou a história de um herói da vida real, com Anthony Hopkins



 

"Em 1939, um corretor da bolsa de Londres salvou 669 crianças do Holocausto.

O homem ficou conhecido como “Schindler britânico”, e morreu em 2015, aos 106 anos."

Estreou esta quinta-feira.


Eugénio de Andrade




"Arco na Lua, chuva na rua"




Mensagem do Papa Francisco





Na próxima madrugada...

...quando estiver a dar UMA é como estivesse a dar DUAS!


 

#catujaleno


quinta-feira, 28 de março de 2024

Ponte Salgueiro Maia - A ponte que me liga à cidade de Santarém



 

A Ponte Salgueiro Maia sobre o rio Tejo no IC10, está situada junto ao Vale de Santarém a jusante da cidade.
Foi inaugurada em 11 de junho de 2000.
A ponte tem um comprimento total de 4300 metros sendo a travessia sobre o tejo uma ponte com tirantes de 570 metros de tabuleiro e o resto em viaduto.
O nome da ponte é uma homenagem ao capitão Salgueiro Maia, um herói de Abril.

HORA DE VERÃO



 O horário de verão começa oficialmente em Portugal no domingo de Páscoa, dia 31 de março de 2024 (na madrugada de sábado para domingo).


Os relógios devem ser adiantados UMA hora: da UMA para as DUAS.

quarta-feira, 27 de março de 2024

Dia Mundial do Teatro


Hoje, 27 de março, celebra-se o Dia Mundial do Teatro

Para comemorar simbolicamente esta data, publico aqui uma foto do Grupo de Teatro da Sociedade Recreativa Catujalense, com o elenco que em 1976 estreou a peça "Filho Sozinho", um drama em 3 atos, de Francisco Ventura, cujo papel de filho, sozinho, foi interpretado por mim, com 18 anos de idade na altura.




 

Elenco, da esquerda para a direita, de cima para baixo:
Adolfo Vilela (já falecido); Idalina Pego; Maria Leonor Almeida; Manuel de Almeida (encenador, já falecido); Maria Helena Pêgo; Maria José; José Júlio Tavares; Alberto Cá'marranjo; Joaquim Tavares (já falecido); Alberto João (Catujaleno); e José Pêgo.
A peça foi estreada no dia 31 de julho de 1976, e durante cerca de dois anos foi apresentada em palcos dos concelhos de Loures e Vila Franca de Xira.

Este período foi, sem dúvida, um dos mais Felizes da minha vida!

sábado, 23 de março de 2024

SALGUEIRO MAIA - UM HERÓI DE ABRIL



 

Fernando José Salgueiro Maia, nascido em Castelo de Vide, a 1 de julho de 1944, foi um militar português.
Foi um dos capitães do Exército Português que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de Abril de 1974, que marcou o final da ditadura em Portugal.
BIOGRAFIA
Salgueiro Maia foi o único filho de Francisco da Luz Maia, ferroviário, e de sua mulher, Francisca Silvéria Salgueiro (mortalmente atropelada aos 29 anos por um autocarro na Praça de Espanha, em Lisboa, tinha Fernando Salgueiro Maia quatro anos de idade).
Nascido em Castelo de Vide, distrito de Portalegre, no Alto Alentejo, viveu subsequentemente em Coruche (frequentando a Escola Primária de São Torcato) e em Tomar.
Quando tem 16 anos a família instala-se em Pombal, indo Salgueiro Maia fazer o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo).
Admitido, em outubro de 1964, na Academia Militar, em Lisboa, depois de ver reprovada a sua candidatura um ano antes, seria colocado na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para fazer o tirocínio.
Na mesma instituição, ascendeu a comandante de instrução e integrou uma companhia dos comandos na Guerra Colonial.
Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
PAPEL NA REVOLUÇÃO DE ABRIL
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento.
Depois do 16 de Março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, seguindo as ordens de Otelo Saraiva de Carvalho no Posto de Comando na Pontinha, a rendição de Marcello Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola.
Salgueiro Maia escoltou Marcello Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
Na madrugada de 25 de Abril de 1974, durante a parada da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, proferiu o célebre discurso: "Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!".
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente.
Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.
A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República.
Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém.
Em 1984 regressa à EPC.
APÓS A REVOLUÇÃO
A 24 de setembro de 1983, recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a 28 de junho de 1992, e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém.
Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República.
Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-coronel.
Em 1989, foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas, o vitimaria a 3 de abril de 1992, aos 47 anos de idade.
Foi agraciado a título póstumo pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a 25 de abril de 2016 (Dia da Liberdade), tendo a condecoração sido entregue à viúva a 30 de junho de 2016, véspera do dia em que completaria 72 anos de vida.
Fontes: Wikipédia e outras.
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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.