“Levantei o cu da cama cedo e fui votar!
Mas à conta disso já fiquei sem um guarda chuva.
O do Chega disse logo "isso ou foram os ciganos ou os imigrantes. Que eles chegam de iPhone mas vêm para cá roubar os guarda chuva dos Portugueses! É uma bandalheira!!";
O Socialista disse "não me recordo, mas pode ter sido um primo meu que o levou. Ele não tinha e a gente tenta sempre desenrascar a família. Mas o senhor meta os papéis que isto depois a gente atribui-lhe um subsídio com dinheiro dos gajos da Europa para o combate às alterações climáticas, ou assim.";
O Comunista disse "olhe, se estava aí e alguém precisou, fez muito bem em ter levado!";
O/A pessoa/individue do Bloco disse: "o problema dos guarda chuvas é que são tendencialmente brancos ou pretos, grandes ou curtos, estigmatizados para serem usados por homens ou mulheres. Nós propomos guarda chuvas sem género, bem coloridos, com identidade própria e a possibilidade de lhe alterar o nome as vezes que quiser.";
O Liberal disse: "com tantos impostos que o senhor paga, devia era poder chegar aqui e escolher o guarda chuva que quisesse levar!";
O da AD disse: "Essas situações, connosco, vão acabar! E quando nós prometemos maior acessibilidade dos portugueses a guarda chuvas, nós apresentamos medidas concretas! Repare que ainda nem ganhámos e já pusemos as soluções em prática, que está ali um sobrinho da minha irmã a vender guarda chuvas a um preço bastante acessível e que o desenrascam no imediato!";
O do PAN cagou-se para mim, pois estava mais preocupado com um cão que passou e ia na rua, e passo a citar "todo encharcadinho, meu querido, coitado!"
O do Livre deu-me uma dissertação filosófica tão boa que me fez perceber que eu às tantas nem preciso de guarda chuva.
Espero que a solução governativa que sair destas eleições seja do agrado do Presidente da República e que dure os 4 anos de vigência.
Que eu não tenho orçamento para ficar sem guarda chuva todos os anos...”
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