Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 28 de maio de 2024

A LENDA DE SANTARÉM



A lenda de Santarém remonta ao ano 1215 a.C.
Reinava na Lusitânia Gargoris ou Gorgoris, rei dos Cunetas e príncipe da Lusitânia.
Um dia, Ulisses de Ítaca chegou à foz do Tejo, onde decidiu descansar por algum tempo antes de regressar à Grécia.
Hóspede de honra de Gorgoris, Ulisses conheceu a sua filha Calipso por quem se apaixonou.
Dos amores de Ulisses e da bela Calipso nasceu um filho, Ábidis.
Gorgoris soube do sucedido e perseguiu Ulisses para o castigar, mas este fugiu para Ítaca.
Para esconder a desonra de sua filha, Gorgoris mandou pôr Ábidis dentro de um cesto e ordenou que o atirassem ao Tejo.
O cesto boiou nas águas e, em vez de se perder no mar, subiu pelo rio até encalhar perto de uma gruta, que servia de covil a uma loba.
A loba adoptou a criança, amamentou-a e protegeu-a.
Ábidis tornou-se num belo rapaz.



Alimentava-se de peixe do rio e de frutos silvestres e estava habituado a conviver com os animais.
A certa altura, Ábidis foi capturado por uns caçadores e levado à presença de Calipso.
Esta reconheceu o filho através de um sinal de nascença.
Sem herdeiro varão, Gorgoris resolveu educá-lo como seu sucessor.
Ábidis tornou-se assim no rei dos lusitanos.
Um rei justo, sábio e humano.
Mandou edificar uma cidade no sítio onde viveu os primeiros vinte anos da sua vida.
A essa cidade chamou Esca-Ábidis, que significa manjar do príncipe Ábidis, o primeiro nome da cidade de Santarém cujos habitantes são hoje conhecidos por escalabitanos.
in "Lendas Históricas e Tradicionais Portuguesas"



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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.