Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 29 de maio de 2024

MEMÓRIAS - Empresa de viação Eduardo Jorge


Fundada em 1888, a empresa do Eduardo Jorge foi uma das empresas que ajudou o alfacinha a deslocar-se dentro da cidade, de uma forma económica.


Os suas carroças puxadas a mulas eram bem conhecidas dos lisboetas, que muitas vezes as preferiam em detrimento dos "americanos" da Carris, pois o preço das suas viagens manteve-se praticamente inalterado durante os 26 anos da sua existência.


Conhecido como o CHORA, alcunha que alguns afirmam derivar do facto, de "se andar sempre a chorar" junto do seu circulo de amigos, devido às dificuldades que a forte concorrência da Carris lhe trazia, afirmando outros que o alcunha derivava antes, do facto das suas carroças produzirem ruídos que eram semelhantes a lamentos, quando calcorreavam as ruas da cidade.


Fechou as portas em 1917, pois não conseguiu sobreviver à concorrência que lhe era movida pelo carro eléctrico e pelas dificuldades resultantes do pós guerra.



Reabriu 12 anos depois, agora já não com o popular Chora, mas com uma empresa de camionagem, que tinha a sua sede na Amadora, e que se manteve até finais dos anos 70, altura em que foi nacionalizada e passou a fazer parte da Rodoviária Nacional.




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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.