Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 28 de maio de 2024

SEXO E ESCRAVATURA NA ROMA ANTIGA



 

O fenómeno da escravatura caracterizou todas as fases do Império Romano.
O mercado de escravos mais importante era o da ilha de Delos onde, segundo Estrabão, o comércio podia envolver mais de 10 mil pessoas todos os dias.
Uma vez adquiridos, os escravos tornavam-se objetos à disposição absoluta do senhor, muitas vezes marcados como reconhecimento de sua propriedade.
Sem dignidade legal, os escravos não podiam possuir propriedades ou mesmo ter família própria.
O casamento exigia o consentimento do senhor e era considerado simples concubinato.
A união poderia ser interrompida pelo proprietário que a qualquer momento tinha o direito de vender um dos dois.
Quaisquer filhos, por sua vez, tornavam-se sua propriedade.
Homens e mulheres da Roma Antiga costumavam dispor de escravos como bem entendessem, até mesmo no nível sexual.
A interação sexual deveria respeitar os papéis correspondentes às hierarquias sociais.
Na verdade, os homens e mulheres romanos não eram em caso algum autorizados a assumir um papel passivo ou submisso para com os seus escravos.
Os escravos muitas vezes desempenhavam o papel de “concubina” a quem o homem se referia pelos prazeres do sexo, enquanto a intimidade conjugal era sobretudo destinada à reprodução.
Além disso, eram principalmente os escravos estrangeiros que se destinavam à prostituição.
Se à primeira vista pode parecer uma realidade muito distante da moderna, podemos reconhecer aspectos que ainda são infelizmente atuais.
(in Roman Slave Market)

Imagem:
Jean Leon Gerome, óleo sobre tela, 1884, in Walters Art Museum, Baltimore.

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.