O fenómeno da escravatura caracterizou todas as fases do Império Romano.
O mercado de escravos mais importante era o da ilha de Delos onde, segundo Estrabão, o comércio podia envolver mais de 10 mil pessoas todos os dias.
Sem dignidade legal, os escravos não podiam possuir propriedades ou mesmo ter família própria.
O casamento exigia o consentimento do senhor e era considerado simples concubinato.
A união poderia ser interrompida pelo proprietário que a qualquer momento tinha o direito de vender um dos dois.
Quaisquer filhos, por sua vez, tornavam-se sua propriedade.
Homens e mulheres da Roma Antiga costumavam dispor de escravos como bem entendessem, até mesmo no nível sexual.
A interação sexual deveria respeitar os papéis correspondentes às hierarquias sociais.
Na verdade, os homens e mulheres romanos não eram em caso algum autorizados a assumir um papel passivo ou submisso para com os seus escravos.
Os escravos muitas vezes desempenhavam o papel de “concubina” a quem o homem se referia pelos prazeres do sexo, enquanto a intimidade conjugal era sobretudo destinada à reprodução.
Além disso, eram principalmente os escravos estrangeiros que se destinavam à prostituição.
Se à primeira vista pode parecer uma realidade muito distante da moderna, podemos reconhecer aspectos que ainda são infelizmente atuais.
(in Roman Slave Market)
Imagem:
Jean Leon Gerome, óleo sobre tela, 1884, in Walters Art Museum, Baltimore.
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