Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 19 de junho de 2024

GUARDA FLORESTAL



 

A carreira de Guarda Florestal, tal como a entendemos hoje, terá surgido em 1824 com a criação da Administração Geral das Matas.
O regulamento então criado, estabelecia a remuneração devida aos funcionários e legislava a utilização do armamento.
Muito antes, porém, provavelmente desde os tempos medievais, os couteiros palmilhavam as florestas reais, zelando pela sua proteção.
A partir do século XIX, no Pinhal do Rei (Pinhal de Leiria), os guardas foram sendo colocados em casas florestais, estrategicamente colocadas no perímetro florestal, de forma a fiscalizarem as entradas e saídas de produtos do Pinhal.
Cabia-lhes, então, revistar os viajantes e as carradas de lenha, em busca de alguma tentativa de contrabando mas, também, a cobrança do imposto devido à passagem de quaisquer produtos da Mata.
Estas funções vinham-se juntar a tantas outras que os guardas já cumpriam desde tempos imemoriais: combate de incêndios, acompanhamento das sementeiras, plantações e colheitas, agrimensura, etc.
Estas tarefas requeriam uma honestidade e carácter para além de quaisquer suspeitas.
A conduta dos guardas, em qualquer momento das suas vidas teria que ser sempre irrepreensível para que a sua autoridade jamais fosse posta em causa.
Numa era em que as populações dependiam, em grande medida, dos produtos que o Pinhal lhes fornecia (lenha para o aquecimento ou para a preparação de refeições, caruma para a cama dos animais, material de construção para habitações), a profissão de Guarda Florestal era, simultaneamente, temida e respeitada.
Efetivamente, assim foi durante 120 anos, até 2006, quando o Corpo Nacional da Guarda Florestal foi desagregado e integrado na Guarda Nacional Republicana.

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.