Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sábado, 27 de março de 2010

Relógios adiantam 1 hora na próxima madrugada para entrar no hora de Verão...





Portugal Continental e a Madeira vão entrar na hora de verão à 1h de domingo, ao adiantar o relógio 60 minutos. Nos Açores, essa mudança acontecerá pelas 0h, altura em que se adianta a hora para a 1h.

A informação é do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), cujo diretor, Rui Agostinho, explica que a hora de verão passou a ser decidida a nível da União Europeia, ao contrário do horário de inverno, que continua sob a soberania dos Estados.

Para tomar a decisão, o Governo ouve a Comissão Permanente da Hora, na qual se sentam representantes de todos os ministérios e entidades que expõem os seus interesses nesta área. À frente está o OAL, que como entidade independente avalia interesses e zela pelo cumprimento da sequência do dia e da noite. "Porque a actividade humana está extremamente dependente desse ciclo", lembrou o diretor do OAL.

Dois horários no século XIX


A última reunião foi há cerca de dois anos, para elaborar um relatório para a Comissão Europeia sobre se a hora de verão deveria continuar a vigorar. A resposta foi afirmativa, tanto para o Continente, como para as ilhas, relata Rui Agostinho à Lusa.

Esta comissão existe formalmente desde os anos 1940, mas as suas raízes remontam ao início do século XX, quando saber com exatidão a hora ganhou importância crescente na vida em sociedade e em especial nos negócios.

No século XIX, coexistiram a hora astronómica, que começava e acabava ao meio dia solar para acompanhar o trabalho de observação dos astrónomos, e a hora civil (meia noite).

O responsável lembra que mesmo atualmente "há interesses sociais na hora", sobretudo em actividades que dependem muito da hora solar, como a agricultura e a construção civil: "Para estas pessoas interessa que a hora que o relógio marca efetivamente corresponda o mais possível às horas de sol".

Desfasamentos da hora solar


Já quem joga em bolsas internacionais prefere reger-se mais perto dos relógios de Frankfurt ou de Nova Iorque, "apesar do desfasamento da hora solar", tal como quem tem negócios com Espanha iria preferir o regresso de Portugal à hora central europeia.

O responsável informa que "para já" não têm existido pressões para a redefinição da hora, que segue o meridiano de Greenwich (hora zero) e, por isso, a comissão não teve necessidade de se reunir ultimamente.

No passado, foi 'chumbado' o regresso à hora +1, que vigorou entre 1993 e 1996, por "os impactos terem sido muito mais negativos".

Entre as razões estava o aumento do consumo de ansiolíticos, relatórios das seguradoras sobre acidentes e a deslocação do afluxo e horário de funcionamento das lojas "mais coincidente com a altura em que há luz no céu".

"Na prática as pessoas vão atrás da luz solar", resume.
in Expresso online, 27-3-2010

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.