sexta-feira, 30 de abril de 2010
Cavaco, o xenófobo...
Para o Bloco de Esquerda e PCP, quanto mais desgraça, melhor...
Helena André, tendo em conta a crise que o país atravessa, a ministra do Trabalho apela aos sindicatos para serem responsáveis, não agravando a contestação social, em nome da boa imagem do país aos olhos dos observadores internacionais. TSF, 30/04/2010, reproduzido no Expresso online.
Notas do Zorate:
Maria Helena André tem razão.
Vinda do mundo sindical, Helena André, sabe do que fala.
Mas é preciso ter presente uma verdade indesmentível: o principal objectivo do Bloco de Esquerda e PCP é o crescimento eleitoral.
E, é na rua que encontram o melhor palco para capitalizar e disputar o apoio popular.
Para isso, quanto mais desgraça, melhor...
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Foi dito por António Guterres...
António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revelou ontem o seu contentamento pela recondução no cargo, acrescentando ser um privilégio "poderemos dedicar a nossa vida a uma causa em favor daqueles que, porventura, têm no mundo a mais vulnerável das posições". Público, 29/04/2010, reproduzido no Expresso online.
Nota do Zorate:
Imcompatibilizei-me com António Guterres quando este disputou com Jorge Sampaio (do qual fui apoiante) a liderança do Partido Socialista.
Mais pela forma pouco simpática com que o fez, menos por razões ideológicas.
Isso não me impede de reconhecer que difícilmente o PS voltará a ter á sua frente alguém com igual estatura moral.
O PS e o país...
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Padre Mário Oliveira: "Papa tem obrigação moral de ser o primeiro a demitir-se"...
Como define o pontificado de Bento XVI?
Depois do Concílio do Vaticano II é o grande desastre. É uma espécie de Inverno na Igreja. Enquanto o Vaticano II tinha significado a Primavera na Igreja, com Bento XVI, que leva já cinco anos de pontificado, regressamos ao Inverno, sem termos chegado ao Verão.
Joseph Ratzinger teve grande intervenção no Vaticano II...
É verdade. Só que enquanto teólogo é uma personalidade, depois que aceitou vir para a Cúria Romana, como cardeal, e ficou responsável à frente da Congregação para a Doutrina da Fé durante o pontificado de João Paulo II, ele mudou por completo.
Defende posições teológicas contra a sua própria teologia?
Até há autores que se dão ao trabalho de comparar o que ele diz com o que escreveu há 30, 40 anos. E metem-no a ridículo. Para mim é o grande desastre na Igreja no século XX e já no século XXI.
É a continuação de João Paulo II?
Para pior. João Paulo II tudo o que dizia e pregava, por todo o mundo - conteúdos doutrinais, morais, moralistas - era já fornecido por Ratzinger, o seu grande conselheiro. João Paulo II não sabia nada praticamente de teologia, era como um qualquer pároco de aldeia, nunca mais estudou desde que saiu do seminário. Mas, pelo menos, tinha uma coisa que este não tem: era bom actor. Colocou isso, de certo modo, ao serviço da Cúria Romana e a agressividade que sempre teve durante o pontificado - foi o que mais condenou a Teologia e os teólogos da libertação, já com Ratzinger na Congregação da Fé - não ganhou visibilidade graças aos seus gestos teatrais. Sobretudo nas suas deslocações.
Agora é mais visível?
Com Bento XVI tornou-se muito visível, ele não tem nenhum jeito para actor. É o antiactor, ainda é o intelectual gabinete.
É a segundo visita de um papa ao Porto. Significa isto uma banalização destes actos?
A visita ao Porto, pela segunda vez, percebe-se porque este ano de 2010, o bispo da Diocese, D. Manuel Clemente, deliberou ser o ano da missão. Estamos a ver aqui o trabalho da pressão da diocese para que ele venha a dar cobertura à missão 2010 em curso, dar um bocadinho de projecção, como que a apropriar-se dela ao nível da Igreja universal. Isto é tudo táctica e hábil da parte do poder eclesiástico. Porque a missão 2010 é um bluff, aquilo espremido não tem nada.
E a visita a Fátima?
É pior. Enquanto teólogo ele sabe, como todo os teólogos - e nós não encontramos nenhum teólogo convicto que defenda Fátima - que do ponto de vista da teologia é absolutamente impossível haver aparições. Do ponto de vista da fé cristã é impossível poder falar-se alguma vez de aparições. Impossível. E ele como teólogo sabe isso e apesar disso vai lá. Contra a sua própria teologia, vai como que canonizar, por um véu de canonicidade, de autenticidade, sobre uma mentira que são as aparições de 1917, com uma agravante que não havia nos anos anteriores.
Que agravante é essa?
Faz a visita num contexto absolutamente novo na instituição eclesiástica católica: estamos todos a assistir à denúncia de casos de pedofilia que envolvem crianças vítimas de clérigos. Neste contexto, a visita de Bento XVI a Fátima ainda é uma agravante, que o devia levar a ter um pouco de pudor. Porque as três crianças de Fátima, em 1917, foram vítimas - não em termos de pedofilia, de sexo - também do clero de Ourém que organizadamente inventou aquela historieta toda. E a encenou e a representou, servindo-se das três crianças. Desse universo de crianças, duas acabaram por morrer e a que sobreviveu foi sempre sequestrada até à morte.
A resposta da Igreja aos casos de pedofilia tem sido satisfatória?
A resposta tem sido desastrosa. Ultimamente parece que estão a querer melhorar um pouco, com esta deslocação do Papa a Malta: ele até fez por derramar umas lágrimas de crocodilo para a comunicação social... Tem sido desastrosa a maneira como ao nível hierárquico a Igreja tem conduzido este drama. Eu eu acho que ao nível desses casos deveríamos distinguir dois tipos de vítimas.
Dois tipos de vítimas?
Sim. As crianças, objectivamente. Mas o vitimador, o clérigo que faz as vítimas, por sua vez, é ele vítima: precisávamos de denunciar isso. O que está em jogo não é o caso do clérigo A , B, ou C, que fez isto, mas o porquê, por que é que determinados homens duma formação, que a sociedade supunha humanista, foram capazes de praticar actos hediondos. E a questão mais profunda, que não tem sido abordada, vai pôr em causa este modelo de igreja.
Precisa de uma reforma?
Precisa de uma alternativa radical. Os clérigos que fazem esses actos hediondos foram vítimas de actos hediondos, se calhar mais hediondos - não no nível do sexual - mas da formação mental de consciência. Foi a formação de 12 anos num seminário tridentino. Fechados, sem hipótese de liberdade, de criatividade de consciência crítica: são homens sem afectos.
Os padres pedófilos, como alguns defendem, deveriam ser excomungados?
Isso é horrível. Mas já não é tão horrível ser demitido das suas funções e não mais estar em condições de poder exercer sem antes, por ventura, darem provas de que se tinham reabilitado. Nesse caso, vou mais além: como foi a instituição que os formou - mal - e tomou conhecimento quando eles cometeram esses actos e escondeu-os para bem do nome da Igreja, e não fez nada: em última instância quem tem de se demitir é o Papa. Tem obrigação moral de ser o primeiro a dizer: "Eu demito-me, e agora sigam o meu exemplo." Enquanto o não fizer, não tem moral para demitir ninguém.
Jantar de Fernando Nobre com apoiantes...
«Está marcado para o próximo dia 1 de Maio o primeiro grande evento desta candidatura.
Aproveitando o Dia do Trabalhador, o Dr. Fernando Nobre janta com os seus apoiantes e Voluntários para explicar porque se candidata à Presidência da República e quais as linhas mestras do seu programa de candidatura.
Estarão presentes TVs, imprensa, voluntários de muitos Núcleos e é preciso demonstrar publicamente a força que esta candidatura está a ganhar no terreno!
Dia 1 de Maio, sábado, pelas 19h30.
Restaurante Espaço Ribeira
Av. 24 de Julho
Mercado da Ribeira
Piso Superior
1200-479 LISBOA
GPS: N 38º 42' 24,89'' , W 9º 8' 44,56''
Facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=108193899199330&ref=ts
Não é um evento para angariação de fundos, mas é preciso que cada participante pague o seu jantar antecipadamente (custo 15 euros por participante).
Por favor, para marcações e pagamentos contactar a Paula Sarmento pelo email pasp33@googlemail.com
ou telemóvel 963452621, explicitando o número de presenças.
É essencial estarmos todos presentes, como demonstração da força desta candidatura!»
Financial Times alemão: "Portugal também já arde"...
A edição alemã do Financial Times abre hoje com um retrato negro da crise nacional. Com o título "Portugal também já arde", o jornal económico escreve que os piores receios parecem ter-se concretizado depois de a agência Standard & Poor's ter cortado dois níveis no rating de longo prazo do país, de A+ para A-, e do principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, ter registado a maior queda desde Outubro de 2008 quando ontem fechou a perder 5,36%.
"Temendo a falência do país mais pobre da Europa Ocidental, os investidores fugiram em massa dos títulos portugueses", escreve o Financial Times, dizendo ainda que a dívida coloca a bandeira portuguesa "a meia haste."
O diário sublinha que a disseminação do risco de falência a Portugal e a países maiores como Espanha e Irlanda foi sempre considerado o pior cenário, e que se deve agora às hesitações quanto ao pacote de apoios à Grécia.
Os economistas Thomas Meissner e Kenneth Rogoff falam de círculo vicioso e efeito dominó, sublinha o diário, que vê ainda um problema suplementar em Portugal: "a economia portuguesa está a crescer mais devagar do que a grega."
A coisa tá preta...
«A bolsa portuguesa está em queda acentuada esta quarta-feira, com o principal índice, o PSI 20, a perder mais de 6%, às 11 da manhã. O BCP nunca valeu tão pouco.
A Bolsa de Lisboa estava a cair 6,36% às 11 horas. Três horas depois de uma abertura em queda, o PSI 20 mantinha a tendência descendente, com o BCP a atingir um mínimo histórico, com as as acções cotadas nos 55 cêntimos cada.
É a reacção dos mercados ao aumento do risco da dívida portuguesa, segundo a avaliação da agência de notação financeira Standard & Poor's, que baixou o "rating" da república em dois níveis, de A+ para A-.
"Os investidores entraram em pânico por causa do efeito contágio. A aversão ao risco vai continuar até que os problemas sejam resolvidos", explicava um gestor de fundos à agência Bloomberg, citado no Diário Económico.
A bolsa portuguesa abriu hoje, quarta-feira, em queda acentuada, com o principal índice, o PSI 20, a perder 4,33%, para os 6843,00 pontos. Os títulos da banca são os mais penalizados pela desconfiança dos investidores, com o BCP a perder 13% no arranque da sessão, às 8 da manhã.
Uma hora depois, a desvalorização do Banco Comercial Português estava perto dos 9%. Às 10 horas o BCP caía 8,94%. o BPI 8,33% e o BES 5,83 %. Às 11 horas, o BPI corrigia ligeiramente, com uma descida situada nos 6,53%, enquanto BES (7,35%) e BCP (9,69%) acentuavam as quedas.
Os pesos pesados do PSI 20 também sofrem com o "sell-off", com a Galp a desvalorizar 5,56%, a EDP 4,72, a PT 4,72%, a Brisa 6,7% e a Zon 9,6%.
Na terça feira, o PSI 20 encerrou a perder 5,36 %, para os 7152,42 pontos, tendo sido uma das bolsas que mais caíram entre as principais praças europeias.
A queda dos mercados, em consequência do aumento do risco da dívida portuguesa levou o ministro Teixeira dos Santos a exortar à união dos partidos. Pedro Passos Coelho foi o primeiro a responder e tem já agendada uma reunião, esta manhã, com o primeiro-ministro José Sócrates, para discutir o "ataque especulativo" dos mercados a Portugal.»
terça-feira, 27 de abril de 2010
Candidato presidencial do Bloco de Esquerda formaliza candidatura a 4 de Maio em Ponta Delgada...
Choveram ovos e tomates no Parlamento da Ucrânia...
Em causa estava a decisão de prolongar a cedência de uma base militar ucraniana, no mar Negro, à da Rússia até 2042. A proposta foi aprovada pelos deputados da coligação do recém-eleito presidente Viktor Yanukovich e a oposição não encontrou melhor forma de protesto.
Foram lançados ovos, tomates e uma granada de fumo deflagrou dentro do Parlamento, que também foi palco de cenas de pugilato.
“O dia de hoje vai ficar na história como uma página negra na história da Ucrânia e do Parlamento ucraniano”, disse aos jornalistas a líder da oposição Yulia Tymoshenko. Os opositores do governo pretendiam que o acordo não fosse aprovado, de forma a que os russos fossem obrigados a sair da base militar até 2017, ano em que termina o actual acordo de cedência do espaço.
As forças governamentais defendem que a cedência da base militar é do interesse da Ucrânia, visto que vai permitir, segundo eles, a compra de gás natural à Rússia a baixo custo.
Texto e vídeo in JN online, 27-4-2010
Foto in Google
Título do Zorate
Número de mortos nas estradas portuguesas aumentou 7,3 % face a 2009...
Entre 01 de Janeiro e 21 de Abril, 205 pessoas morreram em acidentes rodoviários, mais 14 que no mesmo período do ano passado, quando se registaram 191 vítimas mortais, indica a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que reúne dados da PSP e da GNR.»
segunda-feira, 26 de abril de 2010
História de Portugal: Sexo, mentiras e violência...
Como escreve Ferreira Fernandes no prefácio de "Histórias Rocambolescas da História de Portugal", o autor João Ferreira "tem formação de historiador e prática de jornalista". No livro que é hoje lançado no mercado contam-se e desmistificam-se "histórias misteriosas e fantásticas de Portugal", como a do filho que afinal não bateu na mãe - ou seja, D. Afonso Henriques. Mas também a vida de Viriato, o pastor salteador e general que não nasceu na serra da Estrela, mas algures entre o Alentejo, a Extremadura espanhola e a Andaluzia. E muito mais: sexo, mentiras e violência, de Afonso Henriques à actualidade, incluindo Salazar, o 25 de Abril e o PREC. O i escolheu sete episódios dos muitos que pode ler nesta obra publicada pela Esfera dos Livros.
Viriato Pastor, salteador, general, quem foi afinal o chefe dos lusitanos que desafiou o poder de Roma?
Viriato não nasceu nos montes Hermínios (serra da Estrela) nem era um humilde pastor. Na verdade, vivia bem mais para sul, entre os actuais Alentejo, Extremadura espanhola e Andaluzia. Seria filho de um chefe tribal (Comínio) e casou com a bela Tongina (ou Tangina), filha de um rico proprietário da Bética (Andaluzia) chamado Astolpas - cujas ofertas, por altura do casamento, recusou. O nome Viriatus é de origem celta e significa aquele que usa viria (pulseiras ou braçadeiras de metal) nos braços. Como não era o primogénito, não herdou os bens do pai: optou por ser salteador como modo de vida, o que lhe permitiu ganhar experiência guerreira. Foi por isso que os historiadores greco-romanos - Apiano de Alexandria, Floro, Possidónio, Dião Cássio - lhe chamaram dux latronorum (chefe de ladrões), sempre elogiando, no entanto, a sua bravura, lealdade e capacidade de liderança: de pastor a guerrilheiro e a general. Em 139 a.C. o senado romano rompeu as tréguas e enviou à Hispânia Ulterior o general Quinto Servílio Cipião, que após uma ofensiva vitoriosa obrigou Viriato a negociar a paz. O chefe lusitano enviou três emissários - Audaz, Ditalco e Minuro -, que foram aliciados por Cipião e acabaram por assassiná-lo. Os três amigos desleais pediram a Cipião a recompensa prometida, mas terão ouvido a resposta: "Roma não paga a traidores."
D. Afonso Henriques, afinal o filho não bateu na mãe
Um dos mais conhecidos episódios da História de Portugal relaciona-se com o facto de D. Afonso Henriques ter batido na mãe, D. Teresa. Contudo ficou provado que a origem de tal mito deverá ser atribuída à historiografia portuguesa, através da IV Crónica Breve de Santa Cruz de Coimbra. Estaria tudo certo - se a "maldição" não tivesse sido posta na boca de D. Teresa muitos anos depois da batalha de S. Mamede e do desastre de Badajoz. Na verdade, a derrota da mãe saldou-se por uma retirada com toda a segurança para as terras dos Trava, em Límia, na Galiza, onde D. Teresa acabou por morrer em 1130. Nem o filho bateu na mãe nem ficou zangado com o padrasto galego.
D. Sancho II, frouxo no trono e na cama
Se o pai, D. Afonso II, passou à história como "gafo" (leproso), as mazelas de Sancho teriam sido do corpo e da alma. Embora ninguém pudesse contestar a sua valentia como chefe militar - aumentou o território nacional através da conquista de um número significativo de castelos e cidades aos mouros -, ganhou a triste fama de mau rei, governante incapaz, marido impotente e enganado pela mulher. (...) O mal-estar geral aumentou quando o rei se casou, já na década de 1240, com uma nobre espanhola, D. Mécia Lopes de Haro (1210-1270 ou 1271), de quem ainda era primo. A nova rainha era filha do poderoso senhor da Biscaia, Lopo Dias de Haro, por alcunha "o Cabeça Brava", e de D. Urraca, filha bastarda do rei Afonso IX de Leão e meia-irmã de Fernando III de Castela. D. Mécia já tinha sido casada, mas ficara viúva muito jovem. D. Sancho, encantado com a beleza da sua rainha, encheu-a de riquezas, fazendo-a senhora de Torres Vedras, Sintra, Ourém, Abrantes, Penela, Lanhoso, Aguiar de Sousa, Celorico de Basto, Linhares, Vila Nova de Cerveira e Vermoim. O povo, que vivia na miséria, passou a odiar a rainha - estrangeira, bela e rica. O casamento entre parentes próximos era frequente nas cortes ibéricas da Reconquista: bastava obter do Papa a "dispensa de consanguinidade". Mas os nobres e bispos aproveitaram para dar novo fôlego à conspiração contra o rei. Escreveram ao Papa a denunciar a situação e em Fevereiro de 1245 Inocêncio IV declarou nulo o casamento e ordenou que o casal "empeçado" (ilegítimo) se separasse. Mal soube que D. Mécia fora levada para o castelo de Ourém, D. Sancho reuniu um pequeno exército para ir libertá-la. A vila foi cercada e o rei preparava-se para recuperar a mulher - quando ela se recusou a voltar para ele, assumindo a adesão ao partido de D. Afonso. O escândalo foi tremendo. D. Mécia foi acusada de ter anuído ao rapto, em conluio com o cunhado D. Afonso. Pior: a recusa em voltar para o marido, associada ao facto de não haver filhos do casamento, deu origem ao rumor de que D. Sancho era impotente.
D. Afonso V, matou o sogro e tio D. Pedro
O exército real pôs-se a caminho de Coimbra e parou em Santarém. D. Pedro juntou as suas tropas e, a 5 de Maio, partiu de Coimbra. Apesar de saber que o rei estava em Santarém, dirigiu-se a Lisboa. Informado da marcha do tio e sogro, D. Afonso V também se encaminhou para a capital. Os dois exércitos encontraram-se junto à ribeira de Alfarrobeira, nas cercanias de Alverca, no dia 20 de Maio. As tropas do rei, muito superiores, esmagaram os partidários de D. Pedro, que morreu em combate, aos 56 anos. Com ele tombou o seu amigo D. Álvaro Vaz de Almada, conde de Avranches, que, perante o ataque inimigo, teve um desabafo que passou à história: "Fartar, vilanagem!" A crueldade adolescente de D. Afonso V, à data com 17 anos, foi ao ponto de recusar sepultura ao corpo do tio e sogro. Os familiares e partidários de D. Pedro foram perseguidos e espoliados. Só devido à pressão do duque de Borgonha, casado com D. Isabel de Portugal (irmã de D. Pedro e tia do rei) é que os filhos do ex-regente puderam sair do país em segurança. Um viria a ser cardeal (D. Jaime), outro conde de Barcelona (D. Pedro) e outro ainda rei de Chipre (D. João).
D. João V, um rei viciado em sexo no convento
Obcecado por freiras e viciado em afrodisíacos, D. João V reconheceu ser o pai dos "Meninos de Palhavã". Entre as suas inúmeras amantes, uma ficou especialmente conhecida nos anais da nossa História: madre Paula, uma freira do convento de Odivelas que viu a sua simples cela ser transformada nos aposentos dignos de uma rainha. "D. João V perdia a cabeça por todas as mulheres", escreveu o historiador Oliveira Martins, "mas a sua verdadeira paixão estava em Odivelas, no ninho da madre Paula". D. João V, que ficou para a história como "o Magnânimo", teve o cuidado de sublinhar naquela declaração que os seus filhos eram de "mulheres limpas de todo o sangue infecto" - isto é, as amantes reais não eram judias nem mouras nem negras. O mais velho era filho de D. Luísa Inês Antónia Machado Monteiro, o do meio de Madalena Máxima de Miranda e o mais novo de Paula Teresa da Silva, a célebre madre Paula do convento de Odivelas. Os dois últimos foram resultado de uma moda espalhada pela Europa ocidental nos séculos XVII e XVIII: os amores ilícitos entre nobres e freiras. O rei ia a Odivelas quase todas as noites - mas não era para rezar. D. Francisco de Mascarenhas, conde de Cucolim, teve um desabafo perante essa fraqueza do monarca: "Ali perde a vergonha."
D. Maria I, Rainha louca para um país de doidos
Maria I (1734-1816), a primeira mulher que governou Portugal, ficou conhecida como a rainha louca. Se D. Maria, que tinha 42 anos quando subiu ao trono, não era propriamente uma mulher bela, o rei consorte, esse então era considerado ainda mais feio do que Carlos III de Espanha - e este era conhecido como um dos homens mais feios da Europa do seu tempo. À falta de atractivos físicos aliava D. Pedro III a pouca inteligência. Na corte puseram- -lhe a alcunha do "capacidónio": era uma das suas palavras preferidas e com ela se referia às pessoas a quem tencionava atribuir um cargo, depois de ter apanhado de ouvido que alguém era "capaz e idóneo" para determinado emprego... As notícias da revolução francesa foram encontrar D. Maria I num estado de grande fragilidade. Acabou por perder completamente o juízo. No princípio de 1792, a rainha foi sangrada e levada a banhos mas, no dia 10 de Fevereiro, os mais prestigiados médicos do reino assinaram um boletim confirmando que "a saúde de Sua Majestade no estado em que se acha" não lhe permitia ocupar-se dos assuntos de Estado. Tinha 57 anos e estava oficialmente louca.
Oliveira Salazar, o ditador que caiu da cadeira
Passava das quatro da madrugada de 7 de Setembro de 1968 quando a equipa médica chefiada pelo neurocirurgião Vasconcelos Marques começou a trepanar o crânio do presidente do Conselho Oliveira Salazar, o doente do quarto n.º 68 da Casa de Saúde da Cruz Vermelha, em Lisboa. "Aberta a meninge, logo jorrou sangue: tratava-se em verdade de um hematoma intracraniano subdural crónico, situado no hemisfério esquerdo", conta o biógrafo de Salazar, Franco Nogueira, ao tempo ministro dos Negócios Estrangeiros. A operação correu bem. Drenado o hematoma, o doente iniciou uma lenta recuperação, perante a expectativa do país. Só nesse dia os portugueses souberam que o homem que os governara com mão de ferro nos últimos 40 anos (Salazar tinha tomado posse como ministro das Finanças em 1928) estava doente. Um mês antes, a 3 de Agosto, Salazar, então com 79 anos, dera uma queda no Forte de Santo António do Estoril, onde passava o Verão. Distraído a ler o "Diário de Notícias", deixou-se cair pesadamente numa cadeira de lona, que se desconjuntou. A cabeça do chefe do governo bateu, desamparada, no chão de pedra. Levantou-se quase de imediato, ajudado pelo calista Augusto Hilário, perante a surpresa da governanta Maria de Jesus Freire. A célebre D. Maria quis chamar logo o médico, mas Salazar proibiu-a e ordenou a Hilário que não contasse a ninguém o que acontecera.
Acontece na terra natal do Papa Bento XVI: Abusos de crianças causam abandono maciço da Igreja...
O escândalo de abusos de crianças está a levar centenas de fiéis católicos alemães a dar baixa da tributação voluntária do imposto destinado ao financiamento das comunidades religiosas.
Números que foram divulgados este fim-de-semana pelo jornal Frankfurter Rundschau mostram que a situação é muito dramática no Sul da Alemanha, sobretudo no estado da Baviera.
Na diocese de Bamberg, onde havia duas a três centenas de desistências por mês, foram registadas 1400 no mês passado. Na de Würzburg o aumento foi de 400 para um total de 1200.
Em Ratisbona, onde houve casos de maus tratos num coro dirigido pelo irmão do Papa Bento XVI, Georg Ratzinger, o número de baixas multiplicou-se por cinco. Em Augsburgo, onde pediu a demissão o bispo Walter Mixa, o número de fiéis que desistiram desde o início do ano é de 4300.
A Alemanha é um dos países que têm o chamado imposto da Igreja, ou seja, um empregado pode pedir ao patrão para destinar uma certa percentagem do seu rendimento à comunidade religiosa a que pertence. 8% a 9% são as taxas mais praticadas.
Trata-se de um mecanismo já previsto na Constituição da República de Weimar em 1919, que foi adoptado três décadas depois pela actual lei fundamental alemã.
No caso português o que existe é a possibilidade contemplada na Lei da Liberdade Religiosa de destinar uma quota de até 0,5% do imposto sobre o rendimento a uma igreja ou comunidade religiosa radicada em território nacional.
Esta tendência na Alemanha vem juntar-se a uma iniciativa que está a ser promovida através da Internet na Irlanda, um dos países com mais casos de abusos físicos e sexuais contra menores de idade por parte de religiosos católicos.
www.countmeout.ie recebeu até finais do mês de Janeiro mais de seis mil formulários preenchidos por pessoas que pretendem abandonar a Igreja, com todas as consequências que isso implica. Exclusão de cerimónias religiosas, como casamentos ou funerais, são apenas alguns exemplos.
Mediante o escândalo, o Papa Bento XVI tudo tem feito para limpar a imagem da sua Igreja, desde aconselhar os padres a quebrar o silêncio e a denunciar os abusos às autoridades judiciais civis a aceitar a demissão de bispos que admitiram ter estado eles próprios na origem desses abusos.
No discurso que ontem fez na Praça de São Pedro, em Roma, Joseph Ratzinger elogiou uma associação de luta contra a pedofilia que foi criada por um padre siciliano há 14 anos. "Envio os meus votos à Associação Meter, que se dedica à luta contra a violência, a exploração e a indiferença", disse, citado pela AFP.
No mesmo dia, o polémico cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, afirmou, em entrevista ao La Vanguardia, que "não há relação directa entre o celibato e a conduta desviante apresentada por alguns padres. É precisamente a violação do celibato que gera a degradação progressiva da vida de padre".
Texto in DN online, 26-4-2010
Imagem in Google
domingo, 25 de abril de 2010
Foi dito por Francisco Moita Flores...
Francisco Moita Flores, in Correio da Manhã online, 25-4-2010
36 anos depois, o 25 de Abril contado em vídeos...
A esses filmes, junta-se "A Fuga" (1999), ficção de Luís Filipe Costa sobre a PIDE, um clandestino e o 25 de Abril.
O filme mais recente, "Saturado", do realizador Tiago Afonso, foi apresentado recentemente no cinema São Jorge, em Lisboa, no âmbito da Panorama- Mostra do Documentário Português.
"Reflexão inquieta"
"Saturado" é um "tríptico de filmes marcados pelo espírito revolucionário, pelas manifestações e pela contestação, que não deve o seu nome apenas às experiências de saturação de cor que o sustentam e, de certa forma, o distendem".
Trata-se "de um 'objecto' saturado de referências ao 25 de Abril, não apenas um sentido documental, logo retrospectivo (que, curiosamente privilegia a dispersão), como em todos os sentidos da perda: a proliferação dos sistemas de vigilância, os voos de aves sob mira, as palavras de Camilo Mortágua quando desabafa declarando que os portugueses pensaram que a revolução estava feita, logo "voltaram para casa".
Para o realizador, "num país que conheceu o estranho privilégio de ouvir soldados gritar, contra a hierarquia, que estariam "sempre, sempre ao lado do povo", esta é uma reflexão inquieta de procura dos caminhos de mais uma transformação radical, cujo trilho passa, também, pelas imagens".
José Fanha, "Eu Sou Português Aqui", porque sim...
Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.
Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.
Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.
Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.
Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mãos sujas do sangue
que empapa a terra que piso.
Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.
Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.
Nasci
aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.
Eu sou português
aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar
dentro do peito.
José Fanha
sábado, 24 de abril de 2010
Deputado da Madeira leiloa cartão (Livre Trânsito) parlamentar...
O deputado do PND colocou à venda, em leilão na Internet, o seu cartão parlamentar, como forma de protesto. A base de licitação é de 100 euros.
A 20 de Abril, em conferência de imprensa, José Manuel Coelho, anunciou que pelo facto de ter sido arrastado pelos agentes da PSP no cortejo da Festa da Flor, que o impediram de entregar um ramo de cravos ao primeiro ministro "num acto simbólico e de democracia", iria colocar o cartão de livre trânsito de deputado à venda.
Salientou que as autoridades policiais não respeitaram o direito, inscrito no verso do cartão, de "livre-trânsito em locais públicos de acesso condicionado, no exercício das funções ou por causa delas".
Nessa altura declarou: "este é um cartão sem qualquer valor, só se for apenas para um museu, por isso vou vendê-lo porque não tem qualquer interesse".
À venda por um preço inicial de 100 euros, o cartão ainda não foi licitado.
Sporting põe faixa no Marquês de Pombal: 'Desinfestar depois de usar'...
Um grupo de adeptos do Sporting respondeu à 'reserva' do Marquês de Pombal por parte do Benfica: Lisboa amanheceu este sábado com uma faixa verde onde podia ler-se 'desinfestar depois de usar'.
Recorde-se que, no início desta semana, adeptos do clube da Luz colocaram no mesmo espaço, no centro da capital, uma faixa como a inscrição 'reservado', com o objectivo de 'reservar' o local para os festejos do título de campeão nacional.
in CM online, 24-4-2010
Fernando Nobre: "Gostava de saber que iniciativas o Manuel Alegre tomou em 34 anos de mandato como deputado."...
Cavaco Silva "é Presidente da República há quatro anos e deixa Portugal bem pior do que quando começou". A frase é do médico Fernando Nobre, até agora o único candidato presidencial oficialmente assumido. Em entrevista ontem em directo ao SAPO Notícias, com direito a perguntas dos internautas, o presidente da Assistência Médica Internacional atinge também o principal adversário no espaço socialista: "Gostava de saber que iniciativas o Manuel Alegre tomou em 34 anos de mandato como deputado."
A uma pergunta do jornalista do i sobre como comenta as críticas de apoiantes de Alegre que classificam de "divisionista" a candidatura de Fernando Nobre, podendo facilitar a reeleição de Cavaco Silva, o médico respondeu em tom irónico: "Isso faz-me rir. Para já, que eu saiba, sou o único candidato declarado" e "se alguém vem dividir são aqueles que vêm depois de mim". Além disso, acrescenta Nobre, "há quatro anos, quando o PS teve um candidato oficial, isso não impediu Manuel Alegre de se candidatar e dividir todo o eleitorado do seu partido". Mais: "Isso foram foguetes que foram sendo lançados, e tenho muita pena que ele tivesse começado por aí, que eu fui empurrado por a, b, c ou d." Em suma: "É até triste que se vá por aí."
O Presidente da República é, porém, o alvo preferencial das críticas de Fernando Nobre. Por exemplo quando ataca Cavaco Silva pelo seu silêncio durante a visita à República Checa perante as críticas do homólogo Václav Klaus a países com défice excessivo: "O Presidente checo fez considerações ofensivas sobre a economia portuguesa. Eu não permitiria a nenhum dos meus homólogos que dissessem mal do meu país."
O caso das escutas a Belém também serve de campo de batalha eleitoral para o presidente da AMI: "Se o o Presidente da República tinha a certeza que estava a ser escutado pelo primeiro-ministro, só podia fazer uma coisa, que que era demiti-lo. E acrescenta: "Com desconfiança no topo do Estado não há governação possível. Se não tinha a certeza, tinha de ficar calado."
Manuel Alegre volta a ser atingido por Fernando Nobre a propósito de uma pergunta do jornalista do SAPO Notícias Marco Leitão Silva sobre se existem culpas a atribuir pelo actual rumo do país, com o défice público e o desemprego a crescerem: "Alegre e Cavaco estão na política há mais anos que eu. Têm mais responsabilidades que eu na actual situação do país", responde o presidente da AMI, repartindo as responsabilidades entre os dois adversários.
Cavaco Silva é ainda acusado de poder ser parcial no modo como exerce o cargo, desde logo a favor do PSD, de que foi militante durante muito tempo: "O Presidente tem de ser efectivamente supra-partidário. Se eu for jogador do Benfica ou do Sporting durante 20 anos e depois passar a árbitro, não vou ser objectivo. São fenómenos humanos."
"Estamos numa situação em que o normal funcionamento do Estado não está a acontecer, e isso também por culpa do senhor Presidente da República", dispara Fernando Nobre, justificando que "termos tido eleições separadas prejudicou o calendário do Estado", no que diz respeito, por exemplo, à aprovação do Orçamento do Estado. O médico referia-se aqui ao facto de as eleições legislativas e autárquicas não terem decorrido em simultâneo. Curiosamente, o PS rejeitou essa hipótese na altura.
"Tenho o objectivo determinado de não perder a minha alma e de não deixar de ser quem sou", declara o candidato, que se afirma independente e diz estar para além da esquerda e da direita.
Brasil: Padre de 83 anos acusado de abusar sexualmente de menores...
A versão mais curta, que mostra apenas parte do acto sexual numa sala da paróquia, é vendida pelo equivalente a dois euros. A versão completa, sem cortes e com maior qualidade, por quatro. Para evitarem problemas com a Polícia, os vendedores ambulantes passam as imagens para o comprador através de telemóvel. A versão reduzida é transmitida via Bluetooth, a completa via cabo de transmissão de dados. Segundo os vendedores, o vídeo, que foi exibido por uma emissora de televisão há um mês, já era muito requisitado na cidade mas agora, com a detenção do padre, transformou-se num sucesso de vendas.
O padre Luiz Marques, recompensado pelo Vaticano com o título de monsenhor por serviços prestados, foi preso após o juiz que presidia à audiência sobre o caso ter assistido ao vídeo. O alegado pedófilo é acusado de abusar sexualmente de menores, alguns dos quais eram, alegadamente, assediados nos confessionários. Já depois de detido, o padre Luiz Marques afirmou que há mais de dois anos que era chantageado pelos rapazes que gravaram em segredo o vídeo. Versão confirmada ontem pelo bispo de Penedo, D. Valério Breda, superior de Luiz Marques, segundo o qual os rapazes lhe exigiram também dinheiro para não divulgarem as imagens, o que ele recusou.
BENTO XVI ACEITA RESIGNAÇÃO DE BISPO BELGA
O Papa Bento XVI aceitou a resignação do bispo de Bruges (Bélgica), Roger Vangheluwe, que admite ter abusado de um jovem familiar.
'Quando era ainda sacerdote, mas também durante algum tempo depois, abusei sexualmente de um jovem da minha família. A vítima ainda hoje sofre', declarou o bispo, de 74 anos, que assegurou ter pedido desculpa à vítima e à família. Com a resignação d este bispo, são já quatro os prelados que, só nesta semana, abandonaram funções na sequência do escândalo de pedofilia que afecta a Igreja Católica.
PROCESSO NOS EUA
A Santa Sé desvalorizou um processo judicial intentado contra Bento XVI e altos funcionários do Vaticano por um norte-americano que afirma ter sido abusado por um padre.
MESA-REDONDA
Teve ontem início, em Berlim, uma mesa-redonda convocada pelo governo alemão para falar do problema da pedofilia. Os objectivos são debater formas de ajudar as vítimas e também elaborar programas de prevenção.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Benfiquistas "reserbaram" a Rotunda da Boavista para festejar o titulo no Porto...
O grupo de adeptos do Benfica que na passada segunda-feira colocou uma faixa no Marquês de Pombal a "reservar" o espaço para os festejos do campeonato, repetiu a brincadeira esta madrugada, desta feita mais a norte.
A Rotunda da Boavista, no Porto, foi o local escolhido para a colocação de uma nova faixa. Mas, em vez de "reservado", podia ler-se na tarja encarnada... "reserbado".
Veja o vídeo da colocação da faixa, filmado pelo próprios adeptos:
Texto e vídeo in Expresso online, 23-4-2010
Imagem da faixa in Google
Sobre os "Alegres mamões" de Portugal, foi dito por Fernando Nobre...
Foi dito por Silva Lopes...
"O subsídio de férias devia ter de ser aplicado em títulos de dívida."
Silva Lopes, o ex-ministro das Finanças considera que Portugal não tem capacidade para se defender do ataque especulativo a que está a ser sujeito, e que precisa de um "plano à FMI", devendo aplicar medidas que forcem à poupança, como obrigar aplicar o décimo terceiro mês ou o subsídio de Natal em títulos de dívida pública. Jornal de Negócios, 23/04/2010, reproduzido no Expresso online.
O que diria Jesus Cristo sobre isto?
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Papa Bento XVI processado nos Estados Unidos...
Mais um arruaceiro em Alvalade?
A história passa-se no final da Taça de Portugal 2008/2009, depois do jogo entre FC Porto e Paços de Ferreira. Paulo Sérgio, agora anunciado como treinador do Sporting, orientava então a equipa pacense e é entrevistado em directo para a RTP. E é nessa altura que aparece a pessoa do costume: o emplastro.
Paulo Sérgio não gostou da insistência. Indiferente ao directo, o treinador deixa escapar um “Sai já daqui, se faz favor, que viro-te já ao contrário” para Fernando, o nome do adepto que todos conhecem como emplastro. Depois, como não resultou, ainda ameaça ir ter com ele.
in "i" online, 22-4-2010
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- Alberto João
- "Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.