Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Três anos de prisão efetiva para condutora que atropelou mortalmente duas mulheres no Terreiro do Paço...





«A condutora que em 2007 atropelou mortalmente duas mulheres no Terreiro do Paço, em Lisboa, foi hoje condenada a três anos de prisão efetiva.»






Texto Lusa, 07-4-2010
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Detalhes:

«A condutora que em 2007 atropelou mortalmente duas mulheres no Terreiro do Paço, em Lisboa, foi hoje condenada a três anos de prisão efetiva.

O tribunal das varas criminais de Lisboa considerou que a produção de prova "não deixou quaisquer dúvidas dos factos" constantes na acusação e que "foram preenchidos todos os elementos" dos crimes que foram imputados à arguida.

Maria Paula Dias, de 37 anos e sem antecedentes criminais, estava acusada de dois crimes de homicídio por negligência (de duas mulheres de 20 e 57 anos) e um crime de ofensa à integridade física, também por negligência, que deixou uma terceira mulher, mãe da vítima de 20 anos, incapacitada para trabalhar.

Em julgamento, afirmou que circulava a 50 quilómetros por hora no Terreiro do Paço e que o carro ganhou "vida própria" após um despiste que não conseguiu justificar e, consequentemente, maior velocidade.

Para o coletivo de juízes, a arguida, que ficou também inibida de conduzir por um ano, "violou os mais elementares deveres de cuidado" quando circulava entre 111 a 123 quilómetros por hora no Terreiro do Paço, de acordo com um estudo do Instituto Superior Técnico, na madrugada de 02 de Novembro de 2007.

Na fundamentação da sentença, o tribunal alegou não ter sido encontrado qualquer indício de que o despiste da viatura tenha sido provocado por um fator externo ou por uma causa imprevisível alheia à condutora, lembrando que não haviam sido identificadas deficiências no carro, detetado num radar a 122 quilómetros por hora quatro quilómetros antes.

Além da "culpa de grau particularmente elevado" e da "velocidade completamente desadequada", o coletivo da 1.ª vara criminal concluiu que a arguida não assumiu responsabilidades no acidente, no qual os dois corpos ficaram desmembrados, e "não mostrou arrependimento", mas antes uma "frieza afetiva", um sentimento de auto comiseração e "preocupação consigo própria".

"As declarações da arguida não tiveram qualquer credibilidade. Pretendeu dar uma imagem segura de si própria, realçando as suas capacidades intelectuais e sociais", disse a juíza que presidiu ao coletivo, referindo não existirem motivos para a suspensão da pena.»






in Expresso online, 07-4-2010


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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.