Um estudo revelado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) conclui que o consumo continuado de vinho tinto pode estabilizar os vasos sanguíneos do pénis.
O estudo teve como objetivo analisar “que tipo de influência têm aspetos nutricionais no sistema vascular”, afirmou hoje à Lusa a autora Delminda Neves.
"Os polifenóis (antioxidantes) presentes no vinho tinto podem, de facto, promover a estabilização dos vasos sanguíneos existentes no tecido erétil do pénis”, acrescentou.
Para realizar esta investigação, Delminda Neves usou durante seis meses três grupos de ratos: um que teve como bebida exclusiva vinho tinto, outro que só bebeu soluções de álcool em concentração equivalente à presente no vinho e, por fim, um outro que esteve a água.
Segundo referiu à Lusa, o efeito da ingestão regular do vinho tinto ajudou a estabilizar os vasos sanguíneos.
Foi ainda possível verificar, segundo a investigadora, que a ingestão de bebidas alcoólicas resulta numa menor quantidade de células que acumulam gordura na periferia dos vasos sanguíneos cavernosos, sugerindo, assim, um efeito protetor contra a aterosclerose.
Para Delminda Neves, os resultados deste estudo não podem, por si só, ser extrapoláveis para os humanos, porque nesta situação o vinho tinto surgiu como única variável, enquanto que no ser humano o vinho tinto pode sempre surgir associado a outros alimentos.
Contudo, salientou, o estudo “é um modelo válido na avaliação dos efeitos dos polifenóis presentes no vinho tinto, na expressão dos fatores de crescimento e manutenção vascular".
A investigadora adiantou que as investigações irão prosseguir no sentido de tentar perceber quais os efeitos do vinho tinto no sistema vascular de um idoso, bem como os efeitos de uma dieta com muitas gorduras, dado que a obesidade induz a aterosclerose.
Texto in "i" online, 07-4-2010
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