"Bom Povo Português" (1980) de Rui Simões, "Outro País" (2000) de Sérgio Tréfaut com música de Chico Buarque de Holanda, "Capitães de Abril"(2000) de Maria de Medeiros, "Torre Bela" (1977) do realizador alemão Thomas Harlan, sobre o Verão Quente do Pós-25 de Abril, e "Saturado" (2009), de Tiago Afonso, são alguns dos documentários mais expressivos sobre a reconquista da democracia no país.
A esses filmes, junta-se "A Fuga" (1999), ficção de Luís Filipe Costa sobre a PIDE, um clandestino e o 25 de Abril.
O filme mais recente, "Saturado", do realizador Tiago Afonso, foi apresentado recentemente no cinema São Jorge, em Lisboa, no âmbito da Panorama- Mostra do Documentário Português.
"Reflexão inquieta"
"Saturado" é um "tríptico de filmes marcados pelo espírito revolucionário, pelas manifestações e pela contestação, que não deve o seu nome apenas às experiências de saturação de cor que o sustentam e, de certa forma, o distendem".
Trata-se "de um 'objecto' saturado de referências ao 25 de Abril, não apenas um sentido documental, logo retrospectivo (que, curiosamente privilegia a dispersão), como em todos os sentidos da perda: a proliferação dos sistemas de vigilância, os voos de aves sob mira, as palavras de Camilo Mortágua quando desabafa declarando que os portugueses pensaram que a revolução estava feita, logo "voltaram para casa".
Para o realizador, "num país que conheceu o estranho privilégio de ouvir soldados gritar, contra a hierarquia, que estariam "sempre, sempre ao lado do povo", esta é uma reflexão inquieta de procura dos caminhos de mais uma transformação radical, cujo trilho passa, também, pelas imagens".
A esses filmes, junta-se "A Fuga" (1999), ficção de Luís Filipe Costa sobre a PIDE, um clandestino e o 25 de Abril.
O filme mais recente, "Saturado", do realizador Tiago Afonso, foi apresentado recentemente no cinema São Jorge, em Lisboa, no âmbito da Panorama- Mostra do Documentário Português.
"Reflexão inquieta"
"Saturado" é um "tríptico de filmes marcados pelo espírito revolucionário, pelas manifestações e pela contestação, que não deve o seu nome apenas às experiências de saturação de cor que o sustentam e, de certa forma, o distendem".
Trata-se "de um 'objecto' saturado de referências ao 25 de Abril, não apenas um sentido documental, logo retrospectivo (que, curiosamente privilegia a dispersão), como em todos os sentidos da perda: a proliferação dos sistemas de vigilância, os voos de aves sob mira, as palavras de Camilo Mortágua quando desabafa declarando que os portugueses pensaram que a revolução estava feita, logo "voltaram para casa".
Para o realizador, "num país que conheceu o estranho privilégio de ouvir soldados gritar, contra a hierarquia, que estariam "sempre, sempre ao lado do povo", esta é uma reflexão inquieta de procura dos caminhos de mais uma transformação radical, cujo trilho passa, também, pelas imagens".
Texto e vídeos in Expresso online, 25-4-2010
Imagem in Google
Título de Zorate
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